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STF referenda investigação de 'omissões' de Bolsonaro durante pandemia

(Arquivo) Bolsonaro continua minimizando a gravidade da pandemia, arremetendo contra as medidas de confinamento devido ao seu impacto econômico, e atribuindo a autoridades locais a responsabilidade pelo colapso sanitário afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 14. abril 2021 - 21:43
(AFP)

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou a instalação de uma CPI no Senado para investigar possíveis "omissões" do presidente Jair Bolsonaro na gestão da pandemia.

Dez dos 11 juízes do tribunal apoiaram a decisão do ministro Luis Roberto Barroso, que ordenou na última quinta-feira a instalação da chamada CPI da Pandemia, decisão que Bolsonaro chamou de "ativismo judicial". O Senado se antecipou ontem à sessão desta quarta-feira do STF e deu o primeiro passo para a criação da comissão, cujos membros deverão ser definidos em um prazo de 10 dias pelos partidos.

A comissão foi proposta originalmente pelo senador do Rede Sustentabilidade Randolfe Rodrigues, para "as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia, em especial no agravamento da crise de saúde no estado do Amazonas, com a falta de oxigênio para os pacientes internados".

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que até poucos dias atrás se negava a instalar a CPI, decidiu ontem integrar essa comissão e uma outra, solicitada pelo Podemos para investigar eventuais irregularidades cometidas por governadores e prefeitos durante a crise de saúde.

O país é o segundo do mundo com mais mortos pelo novo coronavírus, atrás dos Estados Unidos, e atravessa a fase mais difícil da pandemia, com uma média de mais de 3 mil mortos por dia na última semana e hospitais à beira do colapso, o que levou muitos estados e municípios a retomar as medidas de restrição.

Especialistas atribuem parcialmente essa situação à gestão de Bolsonaro, que continua minimizando a gravidade da pandemia, arremetendo contra as medidas de confinamento devido ao seu impacto econômico, e atribuindo a autoridades locais a responsabilidade pelo colapso sanitário.

A campanha de vacinação no país começou tardiamente, em janeiro, e enfrenta uma escassez de insumos e atrasos na importação de doses, o que especialistas atribuem, em parte, à demora do governo em fechar acordos de compra com os grupos farmacêuticos.

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