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Suprema Corte da Venezuela anula 'continuidade' do Parlamento de Guaidó

Simpatizante do líder opositor Juan Guaidó ergue bandeira nacional em 11 de dezembro de 2020 ao fim da campanha para a "consulta popular" convocada pelo autoproclamado presidente da Venezuela afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 30. dezembro 2020 - 23:22
(AFP)

A Suprema Corte da Venezuela, de linha governista, anulou nesta quarta-feira (30) o documento aprovado pelo Parlamento, controlado pela oposição, para estender seu mandato após as eleições legislativas - não reconhecida pelos parlamentares - em que o chavismo saiu vitorioso.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) já desconsiderava todos os atos da Assembleia Nacional desde o início do seu mandato, quando a declarou em desacato.

A Sala Constitucional do Tribunal agora proclamou como "inválida" qualquer ação da Câmara presidida por Juan Guaidó para "perpetuar, estender, continuar ou prorrogar" o atual período legislativo, que termina em 4 de janeiro, informou um comunicado.

Também declarou sem efeito "a alegada 'Reforma Parcial do Estatuto que rege a Transição à Democracia para Restabelecer a Vigência da Constituição da República Bolivariana da Venezuela'", com a qual a oposição visava prorrogar seu mandato, "por entrar em conflito com a Constituição".

Esse documento, aprovado em 26 de dezembro durante sessão virtual, fornece, segundo a oposição, base legal para uma "continuidade" do poder "exercido pela Assembleia Nacional eleita em 6 de dezembro de 2015".

À frente do Parlamento, Guaidó se autoproclamou presidente da Venezuela e é reconhecido por cerca de 50 países, liderados pelos Estados Unidos, que também rejeitaram as últimas eleições por considerá-las fraudulentas.

A "continuidade" seria mantida "até a realização de eleições presidenciais e parlamentares livres, justas e verificáveis em 2021, a ocorrência de um evento político excepcional em 2021, ou mesmo por um período parlamentar anual adicional a partir de 5 de janeiro 2021", de acordo com o texto do Legislativo.

Guaidó buscou legitimar a ação com um plebiscito no qual, garante ele, mais de 6 milhões aprovaram o projeto de ampliação da legislatura.

O recurso foi apresentado por deputados eleitos da oposição dissidente aos principais partidos, que decidiram não participar das eleições legislativas.

A nova Assembleia Nacional, agora controlada pelo chavismo, será instalada no dia 5 de janeiro.

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