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Temer promete ‘discrição absoluta’ na ‘guerra’ contra Dilma

O vice-presidente Michel Temer durante entrevista em Brasília em 11 de abril afp_tickers

O vice-presidente Michel Temer disse nesta terça-feira que manterá “discrição absoluta” na “guerra” declarada com a presidente Dilma Rousseff, que o chamou mais cedo de “traidor” por apoiar o processo de impeachment.

“Mantenho discrição absoluta, apesar de já ter sido chamado das mais variadas denominações (…), como de golpista. Passei três semanas em São Paulo precisamente para que não me acusassem de qualquer articulação. Ultimamente começou uma guerra contra minha figura, no plano político e pessoal, e fui obrigado a me defender. Não estou guerreando, estou me defendendo”, disse Temer.

O vice, chamado de “traidor” por Dilma por sua atuação em favor do impeachment, se disse preparado para assumir a direção do país diante do eventual afastamento da presidente.

“Sem ser pretensioso e com muita modéstia, devo dizer que tenho uma vida pública de muita experiência (…). Naturalmente, conhecendo razoavelmente os problemas do país, se o destino me levar a esta função (…) estarei preparado”.

“Sei que por força do diálogo, e portanto coletivamente, com todos os partidos e vários setores da sociedade, vamos tirar o país da crise”, prometeu Temer, que revelou ter se reunido com representantes de “todos os partidos”.

Por outro lado, se o impeachment fracassar, “estarei tranquilo”, disse Temer. “Ao longo deste período em que fui vice-presidente jamais tive um chamado efetivo para participar de questões de governo. Se nada acontecer, tudo continuará como antes”.

Na véspera, em um discurso gravado para o caso de impeachment e vazado na Internet, Temer afirmou que é preciso “um governo de salvação nacional”, e que o momento exige a “pacificação” e a “reunificação” do país.

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