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Timochenko continuará liderando Farc como grupo político na Colômbia

O líder das Farc, Timoleón Jiménez, conhecido como "Timochenko", em Llanos del Yari, no departamento de Caqueta, Colômbia, em 18 de setembro de 2016 afp_tickers

A guerrilha das Farc, que selará na próxima segunda-feira o fim do conflito armado na Colômbia, continuará sendo liderada por Timoleón Jiménez “Timochenko”, que impulsionou a paz e agora deverá construí-la e guiar a organização comunista até a política legal.

“Não há dúvidas de que Timochenko será ratificado como comandante em chefe” das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), assinalou nesta quinta-feira o comandante Carlos Antonio Lozada, um dos membros do Estado-Maior Central, órgão de condução do grupo insurgente.

O tema, disse, não será motivo de debate na 10ª Conferência Guerrilheira que ocorre até sexta-feira , onde 350 delegados – de todo o país – devem aprovar o negociado e iniciar a transição das Farc para a vida civil e a política sem armas.

Lozada também disse à AFP que os guerrilheiros Iván Márquez, Jesús Santrich e Victoria Sandino representarão as Farc na comissão de implementação do acordo de paz, que incluirá três representantes do governo, cujos nomes a guerrilha ainda desconhece.

O acordo de paz prevê que a comissão de implementação funcione até 2019, mas sua permanência poderia se estender em até uma década.

Como parte dessa comissão, haverá um mecanismo internacional de verificação, que será composto por quatro países que acompanharam as reuniões de paz: Cuba, Noruega, Venezuela e Chile.

Personalidades internacionais farão pronunciamentos periódicos sobre a implementação. José Mujica, ex-guerrilheiro que foi presidente do Uruguai entre 2010 e 2015, foi convidado pelas Farc para representá-los.

Lozada afirmou que “ainda não foram designados” os seis porta-vozes do Congresso – três do Senado e três da Câmara de Representantes – que as Farc poderão nomear para que as representem com voz, mas sem voto, enquanto discutem as leis que garantirão a colocação do acordo na prática, que para ser efetivo precisa de aprovação dos colombianos no plebiscito de 2 de outubro.

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