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Vacinas de Cuba entrarão na fase 3 de testes em março

Técnicos trabalham na produção do antígeno da vacina Abdala, no Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Havana afp_tickers

Soberana 2 e Abdala, os dois projetos de vacina mais avançados de Cuba contra a Covid-19, entrarão em março na fase 3 de testes clínicos, após demonstrarem “segurança e uma respota imunológica potente”, anunciou nesta quinta-feira um dos cientistas responsáveis.

Esses dois imunizantes, dos quatro em desenvolvimento em Cuba, “mostraram ser vacinas seguras e garantem a indução de uma resposta imunológica potente contra a doença”, afirmou o presidente do grupo estatal BioCubaFarma, Eduardo Martínez.

Autoridades científicas da ilha informaram que o país tem capacidade de fabricar em 2021 cerca de 100 milhões de doses da Soberana 2, e que a campanha de vacinação terá início no primeiro semestre. Segundo os diretores, Cuba já iniciou a produção em escala industrial de ambos os imunizantes.

O Soberana 2 é um dos dois projetos do Instituto Finlay de Vacinas (IFV). O outro, Soberana 1, concluiu a primeira fase de estudos com bons resultados, e um segundo “teste clínico com convalescentes apresentou resultados muito bons, o que é bastante atraente para o primeiro mundo”, declarou seu diretor, Vicente Vérez.

Em Washington, o vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, celebrou ontem os esforços de Cuba e Brasil para produzir suas próprias vacinas, mas estimou que a conclusão da fase 3 da Soberana 2 levará alguns meses. Todas as vacinas cubanas usam a mesma técnica da empresa de biotecnologia americana Novavax.

Com 11,2 milhões de habitantes, Cuba mantém um índice baixo de mortos desde o começo da pandemia (312) e acumula 47.566 casos da doença.

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