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Variante inglesa da covid-19 é 64% mais mortal, afirma estudo

Um profissional da saúde prepara amostras para estudar o genoma da variante inglesa do novo coronavírus, no Instituto Hospitalar Universitário de Doenças Infecciosas (IHU) em Marselha, em 11 de janeiro de 2021 afp_tickers

A variante inglesa da covid-19 não é apenas mais contagiosa, é 64% mais mortal que o coronavírus clássico, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (10), que confirma as primeiras estimativas de janeiro.

Entre 1.000 casos detectados, a variante inglesa provoca 4,1 mortes contra 2,5 para o coronavírus clássico, concluem os autores desses trabalhos publicados na revista médica BMJ.

“Existe uma alta probabilidade de que o risco de mortalidade aumente com uma infecção” com essa variante, escrevem os pesquisadores das universidades de Exeter e de Bristol.

Em janeiro, o NERVTAG – grupo que assessora o governo britânico – mencionou uma “possibilidade realista” de que esta variante tivesse uma mortalidade maior.

O grupo estimava que sua letalidade (risco de morte entre as pessoas infectadas) poderia ser entre 30% e 40% maior, com base em vários estudos, como o validado nesta quarta-feira ao ser publicado no BMJ.

Seus autores se basearam nos dados de 110.000 pessoas que deram positivo fora do hospital entre outubro e janeiro.

Metade foi infectada pelo coronavírus clássico e a outra pela variante inglesa (chamada VOC 202012/01 ou B.1.1.7).

O estudo concluiu que a segunda poderia ser 64% mais mortal.

Esses dados “reforçam a importância de que as pessoas se vacinem”, estimou Simon Clarke, da Universidade de Reading, citado pelo organismo britânico Science Media Centre e que não participou do estudo.

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