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Vitamina B3 reduz risco de câncer de pele, diz estudo

(Arquivo) Uma dermatologista examina uma paciente, em Miami, no dia 15 de junho de 2011. Um certo tipo de vitamina B3 pode ajudar a reduzir o risco de câncer de pele não-melanoma em 23%, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira afp_tickers

Um certo tipo de vitamina B3 pode ajudar a reduzir o risco de câncer de pele não-melanoma em 23%, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira antes de uma grande conferência sobre câncer nos Estados Unidos.

Conhecido como nicotinamida, o suplemento vitamínico mostrou-se eficaz em melhorar a reparação do DNA e restaurar a imunidade da pele, segundo os resultados apresentados antes do American College of Clinical Oncology Conference em Chicago no final deste mês.

“Esta é a primeira evidência clara de que podemos reduzir o câncer de pele usando uma simples vitamina, ao lado de proteção do sol sensata”, afirmou Diona Damian, professora de dermatologia na Universidade de Sydney.

O estudo analisou 386 pacientes que foram diagnosticados com, pelo menos, dois cânceres de pele – tais como carcinoma de células basais e carcinoma de células escamosas – nos últimos cinco anos.

Metade recebeu aleatoriamente 500 mg duas vezes por dia de nicotinamida, enquanto a outra metade tomou um placebo.

Os investigadores ressaltaram que o estudo envolveu nicotinamida, e não do ácido nicotínico, uma outra forma comum de vitamina B3, que tem sido associada com alguns efeitos secundários, incluindo rubor e pressão arterial baixa.

O tratamento foi bem tolerado em pacientes cujas idades variaram entre 30 e 91 anos, considerados de alto risco devido ao histórico de câncer de pele.

Quando os pacientes pararam de tomar os suplementos, o risco de contrair câncer de pele subiu novamente cerca de seis meses mais tarde, indicando que o benefício só pode ser adquirida se os suplementos são tomadas de forma consistente.

“Isso está pronto para ir direto para os consultórios”, garantiu Damian.

No entanto, ela alertou que o tratamento não foi testado como um remédio ou estratégia de prevenção para o público em geral, e que o filtro solar ainda é necessário para proteger contra o câncer de pele.

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