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Agências oferecem mulheres a suíços

Catálogo de mulheres búlgaras da agência de matrimônio E.&R. Partner. swissinfo.ch

As agências matrimoniais especializadas em mulheres estrangeiras florescem na internet.

O governo suíço autoriza seu funcionamento, desde que elas sejam registradas pelas autoridades policiais cantonais.

A Internet transformou-se num bazar. Dos diversos produtos vendidos nos milhares de sites comerciais, existe um que não pode ser necessariamente considerado como uma “mercadoria”, mas que movimenta uma indústria de milhões de dólares: as mulheres.

As melhores plataformas eletrônicas para se conhecer efetivamente mulheres estrangeiras são as das agências de matrimônio.

Lei regulou trabalho das agências de matrimônio

A Suíça também está presente nesse mercado. Para regulá-lo, o Parlamento aprovou uma lei que entrou em vigor no início de 2000. Ela estipula que agências de matrimônio internacionais devam pedir uma autorização às autoridades cantonais, para poderem funcionar.

O Departamento Federal de Justiça tem atualmente no seu registro 12 empresas que atuam nesse setor..

A necessidade de regular o trabalho das agências matrimoniais explica-se pela grande quantidade de abusos ocorridos no passado, onde várias dessas empresas foram acusadas de estarem colaborando com o mercado internacional da prostituição.

“Depois da entrada em vigor da nova lei, as agências foram obrigadas a garantir o retorno das candidatas estrangeiras, quando elas não conseguiram casar”, explica Martina Caroni, jurista e professora assistente na Universidade de Lucerna.

Caução de cinco mil francos para garantir retorno

A lei estipula que a agência deve depositar cinco mil francos suíços como caução, para assegurar a viagem de retorno das mulheres que não conseguiram subir ao altar.

“Essa é a única restrição imposta às agências matrimoniais que propõem mulheres estrangeiras. Na minha opinião, trata-se de um escândalo, pois elas são enfim tratadas como mercadorias, onde deve-se assegurar a qualquer custo seu retorno em caso de defeito”, lembra Caroni.

swissinfo, Alexander Thoele

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