Alta dos custos da saúde é fenômeno lógico
A alta constante e progressiva dos custos de saúde na Suíça, nos últimos 40 anos, é uma conseqüência da evolução da ciência e da demografia.
A conclusão é de estudo divulgado pela Divisão Federal de Estatísticas (OFS)
A progressão constante dos custos do sistema de saúde não acompanha os ciclos econômicos. Ela tem causas complexas ligadas à oferta e à procura dos serviços de saúde, afirma a Divisão Federal de Estatísticas (OFS).
A conclusão da OFS é baseada num estudo sobre a evolução dos custos de saúde na Suíça, de 1940 a 2000.
Quanto à oferta dos serviços de saúde, as causas da alta são o crescente profissionalismo e tecnicidade, o aumento do número de médicos e a chegada ao mercado de novos remédios, mais caros.
Do lado da demanda, a evolução estrutural da população e das famílias, a redução da solidariedade a o maior acesso de toda a população a tratamentos de qualidade também contribuem para a alta dos custos.
No fundo, trata-se de um fenômeno social em que todos estão envolvidos: pacientes, médicos e paramédicos, seguradoras e autoridades políticas. Portanto, é o comportamento de cada um que contribui para o movimento de alta dos custos.
Busca da qualidade de vida
Em 1960, dos custos de saúde equivaliam a 4,9% do PIB (Produto Interno Bruto) e, em 2000, era de 10,7% do PIB. Em valor absoluto, as despesas foram 1,9 bilhões de francos suíços, em 1960, e de 43,4 bilhões (US 31 milhões), em 2000.
A média anual de aumento da Saúde, nesse período, foi de 7,3%, enquanto a alta dos outros produtos de consumo foi de 3,4%.
Na última década (1990-2000), a alta média dos custos de saúde foi de 4,2% e a dos outros produtos de consumo de 1,9%, o que faz o OFS afirmar que não houve uma alta “explosiva” dos custos como muita gente afirma.
Ela é regular e corresponde à evolução das preferências sociais e individuais que privilegiam a qualidade de vida, para a qual a saúde é um valor primordial, na interpretação da OFS.
Os custos hospitalares com doenças crônicas e nos asilos para idosos com tratamento médico aumentaram até no início dos anos 90.
A lei sobre os seguros de saúde (LAMAL) de 1994, provocou uma melhor utilização dos serviços ambulatórios dos hospitais e menos internamentos.
Alta progressiva e não explosiva
Em 1960, dos custos de saúde equivaliam a 4,9% do PIB (Produto Interno Bruto) e, em 2000, era de 10,7% do PIB. Em valor absoluto, as despesas foram 1,9 bilhões de francos suíços, em 1960, e de 43,4 bilhões (US 31 milhões), em 2000.
A média anual de aumento da Saúde, nesse período, foi de 7,3%, enquanto a alta dos outros produtos de consumo foi de 3,4%.
Na última década (1990-2000), a alta média dos custos de saúde foi de 4,2% e a dos outros produtos de consumo de 1,9%, o que faz o OFS afirmar que não houve uma alta “explosiva” dos custos como muita gente afirma.
Ela é regular e corresponde à evolução das preferências sociais e individuais que privilegiam a qualidade de vida, para a qual a saúde é um valor primordial, na interpretação da OFS.
Seguradoras pagam mais
Os custos hospitalares com doenças crônicas e nos asilos para idosos com tratamento médico aumentaram até no início dos anos 90.
A lei sobre os seguros de saúde (LAMAL) de 1994, provocou uma melhor utilização dos serviços ambulatórios dos hospitais e menos internações. Diminuiu também a financiamento público do sistema (de 22,2% para 15,2%) transferindo parte dos encargos às seguradoras (de 25,2% para 50,9%). A parte dos particulares também diminuiu, passando de 51,5%, em 1960, para 32,9%, em 2000.
A evolução do financiamento no período 1960-2000 tem três fatores estruturais, segundo o OFS. O aumento dos encargos das seguradoras, a redução das verbas públicas e redução da participação dos particulares.
swissinfo
– Como funciona o sistema na Suíça?
– o infra-estrutura hospitalar e o pessoal são financiados pelos estados e municípios;
– o seguro de base é obrigatório para todo cidadão e contratado junto às seguradoras;
– a seguradora paga 90% das despesas, incluindo remédios receitados pelos médicos e despesas hospitalares.
– o cidadão paga os 10% restantes do próprio bolso;
– o seguro complementar é facultativo.
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