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Argentina retira obrigação de máscara ao ar livre

Chefe de gabinete da Presidência argentina, Juan Manzur, e a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, na Casa Rosada, em Buenos Aires, em 21 set. 2021 afp_tickers

O uso de máscaras ao ar livre deixará de ser obrigatório na Argentina, a partir de 1º de outubro – anunciou o governo nesta terça-feira (21), no âmbito de uma grande flexibilização das restrições sanitárias impostas pela pandemia da covid-19.

Entre as medidas anunciadas, está a reabertura gradual das fronteiras.

“Levantamos a obrigatoriedade do uso obrigatório de máscara ao ar livre, circulando e sem aglomeração de pessoas”, afirmou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, em entrevista coletiva com o novo chefe de gabinete, Juan Manzur.

Vizzotti especificou que o uso da máscara continuará sendo obrigatório em espaços fechados, como transporte público, cinema, teatro, ambiente de trabalho e eventos multitudinários, ou ao ar livre, quando houver aglomeração de pessoas.

Em uma economia muito castigada pela pandemia, que aprofundou a recessão que se arrasta desde 2018, o governo de Alberto Fernández anunciou a ampliação, para 100%, da capacidade de todas as atividades econômicas, industriais, comerciais, de serviços, religiosas, culturais, de lazer e esportivas em locais fechados, mantendo-se as medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscara facial e ventilação do ambiente.

A ministro atribuiu a flexibilização das restrições à queda no número de casos diários – de mais de 26.000, em maio passado, para cerca de 1.600, em setembro – e ao avanço da campanha de vacinação.

Nesse quadro, também haverá “uma abertura gradual e cuidadosa das fronteiras”, acrescentou.

A partir desta terça-feira (21), argentinos, residentes e estrangeiros que chegarem ao país por razões de trabalho não serão obrigados a cumprir uma quarentena de cinco dias. A condição é que o viajante tenha aplicado o esquema completo de imunização contra a covid-19, pelo menos 14 dias antes de seu desembarque no território.

Em outubro, será autorizado o ingresso sem quarentena para cidadãos de países vizinhos e haverá uma abertura progressiva das fronteiras terrestres. A partir de 1º de novembro, a medida será estendida a todos os estrangeiros, com duas doses de vacinas, de acordo com o programa.

Quem não estiver 100% vacinado, poderá entrar, mas terá de ficar em quarentena.

Hoje, 63,4% dos 45 milhões de argentinos receberam pelo menos uma dose da vacina, e 43,7%, o esquema completo de imunização.

Até outubro, o governo pretende chegar a pelo menos 50% da população vacinada com duas doses, declarou a ministra da Saúde.

Desde o início da pandemia, a Argentina acumula cerca de 5,2 milhões de casos e mais de 114.000 mortes.

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