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Ondas gravitacionais: Einstein estava certo

Uma representação visual das ondas gravitacionais geradas pela colisão de dois buracos negros. MPI für Gravitationsphysik

Cientistas anunciaram na quinta-feira terem detectado pela primeira vez ondas gravitacionais. Essas oscilações da curvatura do espaço-tempo tinham sido teorizadas por Albert Einstein há um século. A imprensa suíça saudou a descoberta e o espírito visionário do famoso físico.

Numa conferência de imprensa em Washington, os pesquisadores disseram que estas ondas eram provenientes de dois buracos negros que estavam em órbita um ao redor do outro a 1,3 bilhões de anos-luz da Terra e que terminaram entrando em colisão.

O mundo científico considera a descoberta histórica. Ela vai permitir um melhor conhecimento do cosmos e da origem do universo.

Entusiasmo

Os jornais suíços enfatizam que Albert Einstein, que desenvolveu a teoria da relatividade durante seus anos em Berna, estava certo. “Einstein estava certo”, é manchete no “Basler Zeitung”, no “Blick” ou no “Corriere del Ticino”. Um sentimento compartilhado pelo “Tages-Anzeiger”, cujo título “A prova definitiva para as ondas de Einstein.”

“O que os pesquisadores mediram é infinitesimal. Mas isso mostra que o grande físico tinha calculado corretamente”, diz o “Blick”. Em comentário conjunto, o “Tages-Anzeiger” e o “Der Bund” dizem: “É um evento científico emocionante e digno de um Prêmio Nobel – e acima de tudo, é o triunfo final para a teoria da relatividade geral de Einstein.”

Sem esquecer a contribuição de Einstein, alguns jornais insistem mais sobre o escopo fantástico desta descoberta. “Uma janela para o universo”, diz o “Le Matin”, para o qual “não vamos ver o mundo da mesma maneira”.

A ideia também foi capa do “Le Temps” com o título “Um novo olhar sobre o universo”. E o diário de língua francesa explica: “A descoberta tem um alcance fantástico, pois além de solidificar as realizações descritas por Einstein, ela abre um novo campo de exploração quase assustador, o do estudo dos buracos negros, de todos os objetos cósmicos invisíveis até então, do coração das estrelas, e de rastrear os primeiros tremores do Big bang.”

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