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Bancos suíços dançam o tango

O consumidor argentino é o mais atingido Keystone

Entre os investidores suíços na Argentina os que mais perdem com a crise são os bancos. Os dois grandes, UBS e Crédit Suisse, são os mais envolvidos...

As empresas suíças, presentes no mercado argentino, são diferentemente atingidas, dependendo do setor, assinala Le Temps, de Genebra, quando escreve: “Os tormentos afetam de maneira variável as multinacionais suíças”, em sua edição de quinta-feira, 9/1.

Givaudan busca saída

Nestlé não manifesta inquietação, porque a Argentina representa menos de 1% de seu faturamento. O grupo suíço tem, no entanto, 7 fábricas no país e emprega duas mil pessoas.

O gigante da indústria farmacêutica, Novartis, revela também pouca preocupação com os acontecimentos, pois toda a América Latina entra com apenas 5% no que fatura no mundo.

Givaudan, que atua no setor de aromas e perfumes, seria mais atingida. A empresa que centraliza sua produção regional em São Paulo, diz sofrer as conseqüências da situação desde meados do ano passado, pois “vende 11% da produção na América do Sul”. A saída encontrada foi orientar mais as vendas para o México.

Já empresas atuantes no setor primário, como Fertilo Agropecuária, que tem 15 mil hectares de lavouras de cereais (trigo, milho, soja, girassol), se consideram menos vulneráveis.

Bancos, “primeiras vítimas”

As empresas que atuam no setor industrial e na área de serviços têm menos defesas. E em toda essa história, é o consumidor o mais atingido pelo clima de insegurança.

A Suíça não está tão envolvida nos investimentos como a Espanha, mas “comercializa bastante com o país”. Segundos dados de 1999, os investimentos suíços diretos foram de 1.317 bilhões de francos – cerca de 890 milhões de euros.

O Banco de pagamentos Internacionais, com sede em Basiléia, avalia em 64 bilhões de dólares o envolvimento dos bancos estrangeiros na Argentina (segundos estatísticas de junho). A Suíça entra com 3.3 bi.

Discreção

Mas o UBS diz ter tomado precauções. Sem detalhar o quanto investiu na Argentina, indicou que na América Latina reduziu seus investimentos de 9.7 a 4.3 bilhões no fim do ano 2000.

Na mesma região latino-americana, os compromissos do Crédit Suisse Group chegaram a 3.4 bilhões em setembro de 2001.

Sempre segundo o Le Temps que cita o Banco de Pagamentos Internacionais, os investimentos dos bancos espanhois chegavam a 17 bilhões, os norte-americanos a 10, e os alemães a 7 bilhões.

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