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Boas notas para usinas nucleares suíças

Combustível nuclear sendo transportado da usina de Leibstadt, que ficou parada cinco meses em 2005. Keystone

Segundo os órgãos de controle, as usinas nucleares suíças tiveram um bom funcionamento em 2005. O aumento dos incidentes classificados de 8 para 14 não é considerado anormal.

Os responsáveis afirmam que a lição de Chernobyl foi aprendida.

No momento em que a Ucrânia lembra os 20 anos do pior acidente nuclear do mundo, na usina de Chernobyl, realizando um minuto de silêncio em seu território, as autoridades responsáveis apresentam um relatório 2005 dando notas positivas para as usinas nucleares da Suíça.

Na coletiva de imprensa organizada ontem em Berna, os representantes do Departamento Central de Controle das Centrais Nucleares (HSK, na sigla em alemão) a principal mensagem é que as usinas nucleares suíças dispõem de bons sistemas de segurança, tanto do ponto de vista técnico como também de organizacional. No caso de incidentes, estes funcionaram corretamente, assim como sua aplicação pelo pessoal responsável.

Dos 14 casos registrados – seis a mais do que em 2004 e o mesmo número de 2003 – seis ocorreram na usina nuclear de Leibstadt, cinco na central de Gösgen, duas no bloco II da central de Beznau e uma na central de Mühleberg.

Com exceção do caso ocorrido em Leibstadt – uma anomalia de curta duração aparecida na operação de uma vareta de combustível, que ficou classificada na escala de perigo Ines em “um” (o máximo são sete) – os outros todos foram classificados de Ines 0.

O maior prejuízo econômico ocorreu no ano passado durante a paralisação, por cinco meses, da usina nuclear de Leibstadt. O problema ocorreu devido a um defeito no gerador. De acordo com as declarações de Ulrich Schmocker, diretor do UHSK, a interrupção foi considerada pouco grave do ponto de vista de segurança. Para o órgão, entre dez e vinte casos registrados por ano são considerados normais.

Distribuição de pastilhas de iodo

Como declarou Hans-Jürgen Pfeiffer, vice-diretor da HSK, as empresas gestoras das usinas nucleares helvéticas e os órgãos de controle “aprenderam a lição da tragédia de Chernobyl em 1986”. Várias medidas foram tomadas como melhoramentos nos sistemas de captação para o caso de pane nos equipamentos de refrigeração de emergência no caso do perigo de uma fissão nuclear. Outra foram melhoras nos sistemas de alarme.

A distribuição de pílulas de iodo para a população que vive num perímetro de vinte centímetros de usinas nucleares é considerada pela HSK como medida de prevenção adequada.

A quantidade de radiação emitida pelas quatro usinas nucleares existentes na Suíça, assim como no depósito central de lixo nuclear de Würenlingen e na central de pesquisas do Instituto Paul Shcerrer (PSI) em Villigen ficou, em 2005, abaixo dos limites prescritos pelas autoridades públicas.

swissinfo com agências

A Suíça tem quatro centrais nucleares:
– Beznau
– Gösgen
– Leibstadt
– Mühleberg

Uma central nuclear para pesquisas:
– Instituto Paul Scherrer (PSI)

Um depósito para lixo nuclear
– Würenlingen

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