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Bolsas são difíceis, mas possíveis na Suíça

Ticiana César de Noronha, bolsista brasileira swissinfo.ch

O governo suíço oferece de 300 a 350 bolsas de estudo por ano e pelo menos 14 estudantes da América Latina. Atualmente 4 brasileiros beneficiam-se dessas bolsas.

A oferta limita-se, porém, a pessoas com título universitário e artistas.

Se você sonha viver na Europa, na tranqüila Suíça, mas não consegue emigrar (legalmente) por falta de oportunidades ou de dinheiro, há uma opção: conseguir uma bolsa de estudos do governo suíço.

exigências

Naturalmente você precisa preencher uma série de requisitos. O primeiro é não ter mais de 35 anos.

Sem título universitário suas chances são praticamente nulas. Isso porque depois de uma experiência pouco concludente, o governo suíço decidiu limitar sua oferta a candidatos interessados em pós-graduação ou pesquisas em determinados domínios, disse a swissinfo Franz Ehrler, da Comissão Federal de Bolsas.

Você não escapa também de uma seleção rigorosa e da indispensável papelada exigida no sentido de provar suas competências.

(Você pode verificar condições, requisitos e obrigações no site: www.bbw.admin.ch/i/bildung/eskas.html).

As embaixadas suíças dispõem, mesmo pela Internet, dos documentos a serem preenchidos visando comprovar conclusão de estudos secundários e superiores para quem deseje fazer mestrado, doutorado ou pós-doutorado na Suíça.

No Brasil, site do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) fornece todas as informações necessárias que definem o perfil adequado do candidato (www.cer.mre.gov.br/suíça.htm).

Filtragem

Os conhecimentos lingüísticos ou pelo de base são indispensáveis.
Tudo pode ser feito pela Internet ou pelo correio, menos a entrevista pessoal com representante oficial do governo (veja os exemplos de Raquel e Ticiana).


A bolsista Raquel Ângelo conta sua experiência: “Primeiro, a embaixada faz uma pré-seleção dos currículos inscritos. Depois, os pré-selecionados são
convidados a uma entrevista – no meu caso, no
Consulado da Suíça em São Paulo. E, em seguida, os
documentos são enviados à Suíça onde ocorre a
avaliação pela comissão do governo”.

Línguas

As autoridades suíças não exigem que você chegue ao país rasgando o francês, alemão ou inglês. Mas bons conhecimentos em pelo menos duas dessas línguas são praticamente indispensáveis.

Segundo Ehrler, cerca de um terço dos candidatos passa pelos cursos de línguas de um trimestre, na cidade de Friburgo, em período imediatamente anterior ao início do período universitário.

São uma condição importante para seguir os cursos da região em que se estuda no País, onde há 4 línguas oficiais: alemão, francês, italiano e romanche.

Uma trunfo também para uma melhor integração na sociedade suíça, destaca Franz Ehrler, da Comissão Federal de Bolsas.

Em tempo: são oferecidas também bolsas de estudo a artistas, como você já pode ter constatado. Mas em número nitidamente inferior.

swissinfo/J.Gabriel Barbosa

O governo suíço oferece de 14 a 18 bolsas por ano a candidatos latino-americanos.

México e Colômbia têm respectivamente 4 bolsas fixas. Os países restantes recebem em função da qualidade dos candidatos.

O montante da bolsa é de 1’800 francos suíços por mês, o que é o mínimo necessário para viver num país de alto custo de vida.

Dois terços dos bolsistas brasileiros estudam na Suíça de expressão francesa, especialmente em Genebra e Lausanne – sudoeste.

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