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Brasil ganha da Suíça em amistoso em Basiléia

Blerim Dzemaili e Stephan Lichtsteiner tentam conter Kaká, o melhor em campo. Keystone

O Brasil venceu a Suíça por 2 a 1 no amistoso de quarta-feira, em Basiléia, noroeste da Suíça, diante de 39 mil torcedores. Luisão e Kaká marcaram para o Brasil e Alex Frei para a Suíça.

Este foi o sétimo encontro entre as duas seleções, desde a Copa de Mundo de 1950, no Brasil. Foi também a sexta partida invicta do Brasil sob a batuta de Carlos Dunga.

O encontro teve alguns momentos de intensidade, mas não foi de um bom nível técnico. Muitos torcedores saíram do estádio decepcionados com o espetáculo.

O técnico brasileiro ficou contente com o resultado. Ao analisar a partida contra a Suíça, ele afirmou que “jogamos melhor no primeiro tempo porque esse é o time que vem jogando mais junto nos amistosos; fomos capazes de roubar a bola no campo do adversário e marcamos dois gols num time em que ninguém marca; é bom lembrar que eles saíram da Copa da Alemanha sem levar um único gol!”

Difícil marcar gols na Suíça

Ao falar do segundo tempo, em que o Brasil não marcou mais e tomou um gol, Dunga disse as mudanças deixaram a defesa, o meio-campo e o ataque mais longe, dificultando o toque-de-bola e dando mais espaço para o adversário. “Mas é época de fazer mudanças, mesmo porque na Copa América e nas eliminatórias vai ser mais difícil mudar”.

Outra dificuldade citada por Dunga é o fato de poder fazer apenas um treino antes de cada jogo desssa série de amistosos. “A gente tenta acertar conversando, mas é mais difícil”.

O jogo começou equilibrado, com as duas equipes jogando no mesmo esquema (4-4-2). Nos primeiros minutos o Brasil tentou dominar, mas não criou oportunidades de marcar. Apenas uma cabeçada de Rafael Sobis colocou o goleiro suíço em risco.

A Suíça reagiu rápido e trouxe perigo com três chutes a gol até os 14 minutos. Num deles, de falta, a longa distância, Helton teve de espalmar para escanteio. Até aí, a defesa suíça parecia mais sólida do que a do Brasil.

Quando a Suíça jogava melhor, justamente, o Brasil abriu o placar com um gol de cabeça do Zagueiro Luisão, depois de um escanteio provocado por uma jogada rápida em que Kaká quase marcou.

Primeiro tempo melhor que o segundo

A partir daí, o Brasil teve mais volume de jogo e Kaká ampliou aos 34 minutos numa jogada infeliz entre o zagueiro Djourou e o goleiro suíço. Züberbühler rebateu com o pé e a bola sobrou para Kaká empurrar ao gol.

O segundo tempo começou meio sonolento e truncado, com algumas faltas de ambos os lado, inclusive com um cartão amarelo para um zagueiro suíço, o único de toda a partida.

Dunga fez as primeiras mudanças aos 15 minutos do segundo tempo, substituíndo Robinho por Ronaldinho e o meia Fernando por Paulo Nascimento. Na primeira bola que pegou, Ronaldinho tabelou com Kaká e por pouco não saiu o 3 a 0.

Mas a Suíça, que parecia adormecida desde o início do segundo tempo, diminuiu aos 24 minutos. Em jogada dentro da pequena área, sob pressão do atacante Alex Frei, o goleiro Helton e o lateral Maicon se confundiram e o lateral marcou o gol contra.

Empurrada pelos 39 mil torcedores que lotaram o estádio St-Jakob, a Suíça quase empatou quatro mintos mais tarde.

Na véspera da partida, o técnico Carlos Dunga havia advertido que a partida não seria fácil. Ele assistira ao último amistoso entre a Áustria e a Suíça (onde a Suíça perdeu de 2 a 1) afirmando que os helvéticos tinham um time fechado, mas que sabia criar oportunidades.

O técnico suíço Köbi Kuhn havia declarado que “enfrentar o Brasil, a equipe mais talentuosa do mundo, é uma honra; porém, às vezes, só o talento não basta para ganhar um jogo”. A concepção do técnico suíço não é muito diferente da de Dunga.

A partida contra o Brasil fecha a temporada para a seleção suíça. Depois de ter participado da Copa na Alemanha, os suíços haviam perdido um amistoso (1-2) para a Áustria e repetiram o resultado e o placar contra o Brasil. Eles começam a preparar-se para o Euro 2008, que será co-organizado pela Suíça e pela Áustria.

swissinfo, Claudinê Gonçalves, Basiléia

Este foi o 7° jogo entre Suíça e Brasil
Três vitórias do Brasil
Dois empates
Uma vitória da Suíça
1° jogo entre as duas seleções foi na Copa de 1950, em São Paulo (2 a 2)
No penúltimo encontro, em Basiléia, dia 21 de junho de 1989, a Suíça ganhou de 1 a 0 com um gol de pênalti, inexistente.

Estádio St-Jakob de Basiléia (noroeste da Suíça), agora com capacidade para 40 mil pessoas
Público: 39 mil espectadores
Gols: Luisão (17), Kaká (34), Maicon, contra (69)
Arbitragem: Markus Merk (alemão)
Curiosidade: cada cadeira do estádio estava tinha uma bandeira suíça à espera do torcedor.

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