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Carros novos tem etiqueta de consumo

O ministro Leuenberger controla as emissões de um escapamento. Keystone

O ministro dos Transportes, Comunicações e Energia, Moritz Leuenberger lançou a campanha etiqueta Energia, enfatizando o consumo de veículos novos.

É uma forma de incentivar os automobilistas a participarem da redução de emissões de CO2.

A campanha etiqueta Energia é parte do programa Suíça Energia. Todo carro novo, nas agências, precisa ter um selo que vai de da letra “A” (baixo consumo) até a letra “g” (grande consumo).

Redução do CO2 ou nova taxa

Esse selo também deve constar dos prospectos de publicidade e listas de preços de automóveis. A intenção é influenciar o futuro comprador para a redução das emissões de gás carbônico (CO2) na atmosfera.

Uma convenção assinada em fevereiro de 2002 entre os importadores de veículos e o Ministério dos Transportes prevê que o consumo médio dos veículos novos seja reduzido de 8,4 litros por 100 km, atualmente, para 6,4 litros até 2008. A Suíça não produz automóveis.

O ministro Leuenberger não exclui, no entanto, a introdução de uma taxa sobre o CO2, caso as redução prevista das emissões não se realizem. É essa taxa que os importadores e outros profissionais do ramo querem evitar.

Defensores do automóvel apoiam

A Suíça tem uma lei sobre o CO2, em que está prevista a redução das emissões de gás carbônico causadas pelo tráfego. O limite fixado pela lei é ter em 2010, um nível 8% menor do que o de 1990.

“A regulamentação do selo está sendo seguida estritamente pelas agências”, afirma Peter W. Schneider, diretor da União Profissional Suíça do Automóvel (UPSA).

“O consumo de combustível é um dos critérios importantes na escolha de um carro novo”, acrescenta o presidente do Touring Clube Suíço (TCS), Jean Meyer.

O problema do diesel

Os meios ecologistas elogiam a iniciativa mas a consideram insuficiente. “A etiqueta é algo mais para o consumidor mas ela não indica, por exemplo, o grau de toxicidade do que sai do escapamento”, afirma a Associação Transporte e Meio Ambiente (ATE).

Os profissionais do automóvel defendem ainda a ampliação do mercado de veículos diesel, atualmente de 17,8%. A média na europa ocidental é de 40% de diesel entre os veículos novos, segundo especialistas.

Os motores a diesel consomem menos mas há o problema da emissão de partículas de óxido de azoto, que podem ser cancerígenas segundo alguns especialistas. O governo também não quer baixar o preço do diesel porque isso estimularia o tráfego de caminhões, prejudicando o programa de transferência de carga da rodovia para a ferrovia.

swissinfo com agências

– Ministério dos Transportes fez acordo com importadores para reduzir consumo dos carros novos

– A partir de abril, a direção ecológica será obrigatórias nas auto-escolas

– Lei do CO2 prevê que, em 2010, as emissões de gás carbônico serão inferiores de 8% ao nível de 1990

– Para atingir esse objetivo, o Ministério dos Transportes poderá introduzir uma taxa sobre o combustível

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