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Casal suíço-brasileiro vive encontro helvético em Genebra

Sala cheia para debater com as ONGs humanitárias, em Genebra. swissinfo.ch

A primeira surpresa, é o número de encontros que já foram realizados, pois este é o 85° Congresso.

Isso demonstra que o desejo antigo e duradouro dos suiços de voltarem regularmente à pátria, à casa onde nasceram, de verem os familiares e antigos amigos, e ouvirem as experiências dos compatriotas que vivem em outas terras.

Impressionante também é o número de integrantes, no total 428, vindos de 44 países, sendo 18 participantes da Argentina, 4 do Brasil, 10 do Uruguay, Peru, Ecuador, Venezuela, Colômbia e Haiti, 25 da América do Norte, 21 dos países africanos e árabes, 8 da Austrália e Nova Zelândia, 8 do Sudeste Asiático e da Índia, e os demais dos países europeus.

Elogios da presidente

O mais gratificante, sem dúvida, é o acolhimento caloroso que recebemos da presidente da Suíça e dos partidos políticos.

A presidente Calmy-Rey, que acumula as funções de ministra das Relações Exteriores, nos elogiou como «construtores de pontes entre a Suíça e o Mundo, construtores no sentido cultural, social, político e econômico». «Somos orgulhosos de vocês, suas vozes ecoam a voz da Suíça e contribuem para o diálogo construtivo», disse a presidente.

Senso crítico

O Congresso mostrou que os suíços continuam sendo bastante críticos mesmo residindo no estrangeiro; eles aproveitaram a oportunidade para criticar o fechamento de alguns consulados – decisão do Ministério das Relações Exteriores – o que foi prontamente justificado pela ministra em função da necessidade de abrir novos consulados onde há novos países com grandes populações na Ásia, e fechar lá onde a população é comparativamente menor.

Também foram criticados os baixos valores (19 milhões de francos por ano) dos subsídios do governo destinados à manutenção das escolas suíças no estrangeiro, inclusive das do Brasil. A ministra prometeu rever o montante dos valores.

Tradição humanitária

Destacaram-se as sessões sobre a tradição humanitária da Suíça, tradição secular, que culminou com a criação da Cruz Vermelha Internacional e de grande número de organizações governamentais e não governamentais de ajuda e cooperação internacional.

No caso de salvamento às vítimas de terremotos, por exemplo, os socorros são organizados pelo governo 20 minutos após o registro dos mesmos o que comprova a operacionalização de sua tradição humanitária.

Somos 645.000 suíços no estrangeiro, dos quais 110.000 são inscritos para participar das votações na Suíça. Depois do Congresso, este número certamente crescerá bastante. Por isso os partidos políticos fizeram ampla propaganda durante o Congresso, tentando conquistar votos para as próximas eleições.

Safira e Paul Ammann

Em 2006, 645.000 suíços vivam no estrangeiro, 1,7% a mais do que em 2005 e 11,1% a mais do que em 2000.

Quase dois-terços dos expatriados vivem na União Européia, a maioria na França(171.732 pessoas), na Alemanha (72.384) e na Itália (47.012).

No resto do mundo, 71.984 suíços residem nos Estados Unidos, 36.374 no Canadá, 21.291 na Austrália, 15.061 na Argentina, 13.956 no Brasil; 12.011 em Israel e 8.821 na África do Sul.

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