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Cassinos suíços lucram e temem pelo futuro

Mais de cinco milhões de pessoas freqüentaram os cassinos suíços em 2006. Keystone

Em 2006, os dezenove cassinos suíços registraram receitas na ordem de 955 milhões de francos (US$ 782 milhões), um aumento de 9% em relação ao ano passado.

Apesar dos bons resultados, os empresários do setor de jogos estão preocupados com a concorrência dos cassinos on-line.

Cada vez mais jogadores, lucros e movimento em alta: os dezenove cassinos suíços têm razões de sobra para comemorar o ano que passou.

Se as receitas geradas pelos diferentes tipos de jogos (roleta, pôquer, caça-níqueis e outros) aumentou em 9%, passando para 955 milhões de francos, a freqüentação dos cassinos também cresceu: mais 330 mil visitantes em relação aos números de 2005.

Caça-níqueis

Cada dos 5,1 milhões de clientes deixaram, em média, 187 francos nos caixas aos abandonar as salas de jogos, segundo uma estimativa baseada no balanço anual da Federação Suíça de Cassinos (FSC).

Apresentadas durante esta semana, os números incluem também os dos dois estabelecimentos que não são membros da FSC, o Crans-Montana Cassino (no cantão do Valais) e o Casino du Lac, em Meyrin (Genebra).

O jogo favorito dos clientes continua sendo os caça-níqueis. Os 3.190 aparelhos instalados nos 17 cassinos da associação foram responsáveis por 78% do ganho bruto tirado em 2006.

Os 22% restantes foram gastos nas 227 mesas de jogos disponíveis nos cassinos (pôquer, roleta e outros jogos).

É importante destacar que, em 2006, as gerências dos cassinos pronunciaram 3.400 interdições de jogos. Em 79% dos casos, se trataram de exclusões pedidas pelos próprios clientes. Em 21% dos casos, a medida foi tomada pelo próprio estabelecimento. No total, 16 mil pessoas estavam proibidas de freqüentar os cassinos da Suíça em 2006.

Milhões vão para o sistema previdenciário

Uma parte importante da receita bruta dos jogos – a diferença entre as somas jogadas e os ganhos realizados pelos jogadores – é transferida para a coletividade.

Sobre os 862 milhões gerados pelos 17 cassinos da FSC, 394 milhões terminaram sendo depositados nos caixas da previdência suíça e 62 milhões nos sistemas previdenciários cantonais. O valor corresponde a um desconto médio de 52,9% da soma gerada através dos jogos de azar.

Concorrência

Nem tudo é motivo de comemoração para os empresários. Os responsáveis da FSC citaram o desenvolvimento “preocupante” dos cassinos virtuais presentes na Internet.

“As somas investidas nesses jogos vão para o exterior, pois esta prática é proibida na Suíça”, declarou Marc Friedrich, diretor da FSC.

Aos jornalistas, o empresário disse estar satisfeito com a proposta governamental de reconsiderar a proibição dos jogos. Segundo Adriano Censi, presidente da FSC, os estabelecimento suíços poderiam, no caso da liberação, explorar o lucrativo filão dos jogos on-line.

swissinfo com agências

Os jogos de azar foram proibidos na Suíça durante os anos 70. Os cantões podiam apenas dar concessões para os chamados “Kursaal”, pequenos cassino com jogos de mesa, onde as apostas máximas não poderiam ultrapassar os cinco francos.

Em 1992, os eleitores suíços aprovaram nas urnas a legalização do jogo na Constituição. Depois foram necessários sete anos para firmar a base legal relativa aos cassinos.

Atualmente, 19 cassinos estão em atividade na Suíça, sete do tipo A (apostas ilimitadas) e 12 do tipo B (apostas limitadas a 25 francos).

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