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Chanceler quer impulsionar a paz no Oriente Médio

Ministro Deiss - foto - deve evocar o delicado problema da aplicação dos direitos humanos swissinfo.ch

O ministro suíço das Relações Exteriores, Joseph Deiss, realiza de 23 a 27 deste mês, missão delicada a Israel e aos Territórios Palestinos. O emperrado processo de paz figura na agenda. A questão mais delicada é a aplicação do direito internacional na região.

A visita de Joseph Deiss, iniciada sexta-feira, dura de 4 a 5 dias, com encontros com seu colega Shimon Perez , o líder palestino Yásser Arafat e visita de cortesia ao primeiro-ministro isralense Ariel Sharon.

Nas discussões sobre relações bilaterais e a posição das duas partes quanto à continuação do processo de paz, Joseph Deiss deve dar particular atenção à participação suíça em programas de ajuda humanitária aos palestinos e ao apoio a ONGs palestinas e israelenses ativas nas áreas de desenvolvimento e dos direitos humanos.

A visita do chanceler suíço a Jerusalém e aos Territórios coincide com um impasse no processo de paz. Ele deve apurar posições israelense e palestina quanto a pedido feito à Suíça de reativação da conferência diplomática sobre aplicação das Convenções de Genebra nos territórios ocupados.

A ocasião é considerada oportuna para o ministro Deiss abordar o delicado problema da aplicação do direito internacional humanitário. Faz pouco tempo, a Suíça, que é depositária das Convenções de Genebra, recebeu pedido dos países árabes, dos não alinhados e alguns outros, relativo a nova conferência dos signatários das Convenções de Genebra. O objetivo seria discutir a aplicação da Quarta Convenção – que garante proteção dos civis nos conflitos armados – nos Territórios Palestinos.

A Suíça já havia convocado a reunião em 1999. Mas adiou para não embaraçar o novo governo israelense e satisfazer aos Estados Unidos e a outros países influentes. As condições estariam agora reunidas para a realização do encontro. De um lado, Israel rejeita diálogo com os palestinos enquanto continuar a violência e o governo israelense procura novo acordo interino. De outro, os palestinos se negam a parar com a “intifada” antes que comecem as negociações.

Nesse contexto a diplomacia suíça pode desempenhar um papel. É o que espera o ministro suíço das Relações Exteriores nessa sua viagem.

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