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China e EUA abrem diálogo de alto nível para acabar com divergências

O secretário de Estado americano, John Kerry (e), e o presidente chinês, Xi Jinping, reúnem-se em Pequim afp_tickers

O presidente chinês, Xi Jinping, defendeu nesta quarta-feira o fim das divergências com os Estados Unidos, no primeiro dia de negociações de alto nível entre as duas potências, que mantêm diversos litígios.

“É natural que China e Estados Unidos tenham pontos de vista diferentes, e inclusive litígios em algumas questões”, declarou Xi ao abrir os dois dias de negociações, nas quais participam o secretário de Estado americano, John Kerry, e o secretário do Tesouro, Jacob Lew.

“Isso é o que torna a comunicação e a cooperação ainda mais necessárias”, insistiu o líder da segunda potência econômica mundial neste sexto diálogo econômico e estratégico entre Pequim e Washington.

As duas maiores potências econômicas do mundo costumam ter atritos relacionados às disputas marítimas que Pequim mantém com alguns de seus vizinhos, como Vietnã, Filipinas e Japão, aliados de Washington.

A isto se soma que em maio a justiça americana acusou cinco oficiais chineses de hackear e praticar espionagem econômica, ao que Pequim reagiu retirando-se de um grupo de trabalho comum sobre cibersegurança.

No entanto, em um pedido de calma, Xi Jinping afirmou que “se chegássemos a nos enfrentar, seria uma catástrofe para os nossos dois países e para o mundo”.

“Nossos interesses estão, mais do que nunca, interconectados”, acrescentou o presidente chinês, que convidou os países do Pacífico a “sair do esquema ultrapassado do confronto inevitável”.

O presidente não falou diretamente do problema das reivindicações territoriais, mas repetiu que a China está decidida a forjar “relações amistosas com seus vizinhos e mais além”.

Em um comunicado publicado no início das reuniões, o presidente americano, Barack Obama, pediu que os dois países “abordem com franqueza” suas divergências.

Kerry reiterou, por sua vez, que os Estados Unidos não estão tentando “limitar a expansão da China” e que, pelo contrário, veem muito bem “a emergência de uma China pacífica, estável e próspera”.

O comércio entre as duas potências alcançou 520 bilhões de dólares no ano passado, um quarto do volume mundial.

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