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Cientistas japoneses ficam ‘sem palavras’ diante de amostras do asteroide Ryugu

Yuichi Tsuda (2º à dir), chefia o projeto Hayabusa-2, da agência espacial japonesa afp_tickers

Cientistas japoneses confessaram nesta terça-feira (15) terem ficado “sem palavras” ao descobrir a quantidade de partículas que a sonda espacial Hayabusa 2 coletou do asteroide Ryugu e trouxe para a Terra.

A espaçonave, lançada em 2014, coletou partículas do asteroide, cuja distância à Terra varia entre 10 e 350 milhões de quilômetros.

No início de dezembro, uma cápsula descendente separou-se da sonda e chegou ao deserto australiano trazendo as partículas.

Cientistas da Agência Espacial do Japão (JAXA) abriram o recipiente interno da cápsula nesta terça-feira, tendo encontrado no dia anterior uma pequena quantidade de partículas na parede externa do recipiente com as amostras.

“Quando abrimos, ficamos sem palavras. É mais do que esperávamos e havia tantas amostras que ficamos realmente impressionados”, disse Hirotaka Sawada.

“Eles não são apenas partículas minúsculas como a poeira, mas várias amostras de alguns milímetros”, afirmou.

Os cientistas esperam que a análise dessas questões ajude a entender a origem da vida e a formação do sistema solar há 4,6 bilhões de anos.

Ainda não foi anunciado se a quantia arrecadada é igual ou talvez até maior do que os 100 miligramas que esperavam obter.

Metade do material coletado será compartilhado entre a JAXA, a agência espacial dos EUA, a NASA, e organizações internacionais. O restante será guardado para estudos futuros, conforme avança a tecnologia analítica.

Depois de entregar sua valiosa carga, a sonda Hayabusa-2 (“Falcão Peregrino”, em japonês) iniciou uma segunda missão para registrar dados sobre poeira no espaço interplanetário.

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