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Companhias retomam seus voos a partir da Suíça

Muitos passageiros esperam os vôos da Swiss. Keystone

Após cinco dias de fechamento em consequência da erupção de um vulcão na Islândia, o tráfego aéreo retoma progressivamente na Europa.

Na Suíça, o espaço aéreo, fechado desde a última sexta-feira (16/04), abriu às oito horas da manhã, hora local.

A presidência espanhola da União Europeia (UE) anunciou segunda-feira (19/4) à tarde a reabertura progressiva do tráfego aéreo a partir desta terça-feira às 8 horas (hora suíça). A decisão foi tomada depois de uma reunião por teleconferência dos ministros europeus dos transportes.

A UE decidiu manter a interdição de voo apenas na zona em torno do erupção vulcânica, onde as cinzas são mais concentradas na atmosfera.

Sem esperar a decisão dos ministros, vários países começaram a reabrir seu espaço aéreo na segunda-feira à noite. Foi o caso da Romênia e da Holanda, de onde decolaram, três aviões de passageiros do aeroporto de Amsterdã-Schiphol com destino a Xangai, Dubai e Nova York.

Testes na Suíça

A mesma decisão foi tomada na Suíça. Segunda-feira à noite, a Secretaria Federal da Aviação Civil (OFAC, na sigla em francês) decidiu reabrir o espaço aéreo hoje, às 8 horas, depois dos resultados positivos realizados em quatro voos de teste. Os dados recolhidos demonstraram que espessura da nuvem de cinzas não afeta mais os aviões, segundo a OFAC.

A retomada do tráfego na Suíça deve ser implementada progressivamente, sob o controle da Skyguide, empresa responsável pelo tráfego aéreo na Suíça. O primeiro avião decolou de Zurique esta manhã, pouco depois das 8 horas.

Os primeiros aviões da companhia Swiss, filial da alemã Lufthansa, vão começar a decolar a partir das 10 horas (hora suíça). Os voos de longa distância também começar a aterrissar em Zurique, informou um porta-voz da Swiss à agência de notícias ATS. Mas ainda haverá problemas e somente os passageiros que possuem reservas confirmadas devem ir para o aeroporto, informa a Swiss.

Céu sob observação

A OFAC anunciou que “observará atentamente a situação nos próximos dias”, através de voos militares de teste e dos relatórios que serão feitos pelas companhias aéreas. Se forem constatados incidentes com aviões, serão tomadas novas medias, advertem as autoridades aeronáuticas suíças.

Segunda-feira (19/4), a aviação militar suíça fez voos de teste com helicópteros Superpuma, um F5 Tiger e um avião a hélice Pilatus Portere. A companhia aérea Swiss participou dos testes com Airbus A319. Desde quinta-feira passada, a Swiss anulou quase 400 voos e 170 mil reservas. Segunda-feira, 25 aviões de trajeto longo estavam bloqueados em vários países.

Nouveau nuage de cendres

O retorno completo ao tráfego aéreo normal na Europa é previsto até a próxima quinta-feira, se a erupção do vulcão islandês não aumentar. Isto não é garantido porque as nuvens de partículas finas, perigosas para os motores e reatores, continuam presentes na atmosfera.

Uma nova nuvem do vulcão chegou segunda-feira ao Reino Unido, confirmaram as autoridades britânicas. Esta manhã, Noruega, Hungria e Polônia decidiram fechar novamente parte de seu espaço aéreo. A companhia britânica British Airways anulou todos os voos longos previstos nesta terça-feira.

Portanto, serão necessários vários dias para diminuir as longas filas nos aeroportos, onde turistas aguardam há dias para voltar para casa.

As companhias aéreas começam a contar os prejuízos, estimados atualmente em 1 bilhão de euros, mais do que depois dos atentados de 11 de setembro 2001. O poder público é acusado ter aplicado ter aplicado em excesso o “princípio de precaução”.

De fato, a paralisia da atividade comercial e as bolsas de valores também sofreram perdas e a Comissão Europeia se diz disposta a indenizar as companhias aéreas.

swissinfo com agências

As cinzas vulcânicas podem causar danos nos motores e na fuselagem dos aviões.
Os reatores podem ser bloqueados
por depósitos sólidos que formam e se fundem com o calor intenso.

Elas têm um efeito abrasivo sobre os metais .

As altas temperaturas fazem derreter as partículas, que depois se solidificam em cristais, que podem entupir a saída de ar, paralisando os motores.

Vários aviões de caça F-16 da Otan teriam sofrido avarias ao voarem nessa nuvem, informaram fontes diplomáticas ocidentais.

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