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Conferência humanitária reclama acesso ao Iraque

Acesso à população civil iraquiana ainda é o principal problema. Keystone

Os 90 participantes da conferência humanitária que a Suíça organizou em Genebra constataram, pela segunda vez, a impossibilidade de trabalhar atualmente no Iraque.

No entanto, essas reuniões constituem uma oportunidade única de reunir organizações humanitárias e países doadores.

Ainda não há resultados concretos da iniciativa diplomática suíça reunindo os principais interessados na questão humanitária iraquiana, em Genebra.

Problemas concretos

Os 90 participantes (países vizinhos do Iraque, Ongs e agências da ONU e países potencialmente doadores) da segunda reunião desse tipo, quarta-feira, constataram mais uma vez sua impotência em agir atualmente no Iraque.

Um diplomata que partipou do encontro criticou a organização, afirmando “que a discussão foi muito vasta e que a Suíça deveria ter feito propostas mais percutantes”.

O suíço Toni Frish, que presidiu a reunião, responde que o encontro não tinha meios nem ambição de resolver todos as questões mas apenas de discutir os problemas concretos.

Os obstáculos à ajuda humanitária atualmente são vários, militares, políticos e até práticos.

Hala Bsaio Lattouf, do Ministério do Planejamento da Jordânia, lembrou que as autoridades iraquianas ainda não autorizaram a entrada no país de organizações humanitárias, com excessão da Cruz Vermelha Internacionl (CICV) e de algumas pequenas Ongs.

Por enquanto, os Estados Unidos também não concordam que o trabalho humanitário junto à população civil iraquiana seja feito pelas agências da ONU.

Discussões vão continuar

Outro obstáculo é a questão da segurança para os colaboradores das ONGs, devido os combates em praticamente todo o território iraquiano.

Finalmente, o esperado fluxo de refugiados iraquianos para os países vizinhos ainda não ocorreu, embora tenham sido constatados importantes movimentos de população dentro do Iraque.

A conferência, no entanto, é a única oportunidade de reunir representates dos países vizinhos do Iraque, organizações humanitárias e países que poderão financiar a ajuda humanitária.

As discussões vão, portanto, continuar e a Suíça ainda espera que os resultados concretos surgirão posteriormente.

swissinfo com agências

– Ajuda humanitária da Suíça ao Iraque começou em 1993

– Em 2003, o orçamento previsto para os programas no Iraque é de 6,5 milhões de francos suíços

– Agências humanitárias da ONU receberam 4 milhões

– Comitê Internacional da Cruz Vermelha recebeu 1,5 milhão

– Outras Ongs que trabalham no Iraque também receberam 1 milhão de francos

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