Confirma-se a vitória da UDC e dos Verdes
Na segunda projeção nacional dos resultados, a UDC (direita nacionalista) ganha 7 cadeiras na Câmara dos Deputados.
À esquerda, se os Verdes ganham 5 cadeiras em relação a 2003, Partido Socialista é o maior perdedor, perdando 9 deputados. O Partido Radical Democratico (PRD) perde 5 candeiras.
Como quatro anos atrás, a UDC (União Democrática do Centro, direita nacionalista) continua a reforçar sua posição de primeiro partido do país, com 7 deputados a mais do que em 2003, segundo as últimas projeções. Os resultados definitivos só serão divulgados na madrugada de segunda-feira.
Os Verdes também são vencedores na Câmara Federal com 7 deputados a mais em sua bancada e entrarão no Senado com uma ou duas cadeiras. O Partido Radical Democrático (PRD, direita) e o Partido Democrata Social (PDC, centro-direita) estão empatados.
O Partido Socialista (PS) é o maior perdedor, com 19,3% (-4%), resultado mais fraco desde 1991 (18,5%). Em 2003, o PS havia obtido 23,3% dos votos.
Com 62 deputados e uma força eleitora de 28,8%, a UDC reforça sua posição de principal partido do país. O PRD perde 5 cadeiras, ficando com 31. O PDC ganhou 3 mandatos e também terá 31 deputados, segundo a projeção.
Os Verdes obtém o sucesso que aguardavam e deverá ter uma bancada de 19 ou 20 deputados. Os Verdes Liberais, dissidência dos dois partidos, deverá ter 3 cadeiras (o mínimo para formar um grupo parlamentar é 5%). Os socialistas, com perda de 9 cadeiras, deverão ficar com 43 deputados. O PS se manterá como segundo partido do país mas com quase 10% de deputados a menos do que a UDC.
A participação nessas eleições será superior aos 45,2% de 2003, podendo chegar a 48%. Deverá ser a maior taxa de participação desde 1983.
A UDC eufórica
A UDC “aguarda os resultados definitivos antes de abrir o champanhe”, declarou seu vice-presidente Ive Perrin a Rádio RSR. “Ainda não sabemos se atingiremos nosso objetivo de ter 100 mil votos a mais do que em 2003, mas em número de cadeiras, os resultados estão além de nossas expectativas”, acrescentou.
“Esperávamos uma progressão importante na Suíça Romanda (parte francesa) e ela se confirma”, afirmou o coordenador da UDC, Claude-Alain Voiblet.
Entre confiança e decepção
No centro-direita, o PDC está em ligeira progressão. O presidente do partido Christoph Darbellay disse estar satisfeito com os resultados. As perdas no cantão do Jura e em Obwald são consideradas “incidentes técnicos”.
A UDC colhe os frutos de um longo trabalho iniciado há 20 anos, comentou um de seus adversários e coordenador do Partido Radical Democrático (PRD), Sebastião Leprat. Seu próprio partido continua a perder eleitores.
Enquanto o vice-presidente do PRD Leonard Bender lança um apelo s uma “autocrítica” da direção, o presidente do partido Fulvio Pelli não pretende se demitir estimando que o PRD está em pleno processo de transformação.
“Os Verdes tiram proveito de nossas perdas e este é um processo que começou há dois anos e se confirma agora”, reconheceu o presidente do Partido Socialista (PS) Hans-Jürg Feher.
Questionado pela televisão TSR, ele sublinhou que esses votos perdidos continuam na família política: “eles são transferidos aos parceiros políticos e não aos adversários”.
Rosa ou verde?
“Os Verdes tiram proveito de nossas perdas e este é um processo que começou há dois anos e se confirma agora”, reconheceu o presidente do Partido Socialista (PS) Hans-Jürg Feher.
Questionado pela televisão TSR, ele sublinhou que esses votos perdidos continuam na família política: “eles são transferidos aos parceiros políticos e não aos adversários”.
swissinfo com agências
União Democrática do Centro: 26,7%
Partido Socialiste: 23,3%
Partido Radical Democrático: 17,3%
Partido Democrata Cristão
Partido Verde: 7,4%
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