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Confirmada morte de suíços

Na Tailândia os mortos são enterrados rapidamente para evitar o risco de epidemias. Keystone

Até sexta-feira (31.12) estava confirmada a morte de 12 turistas suíços durante o maremoto que devastou as regiões costeiras do Oceano Índico. Estima-se que ocorreram muito mais.

Mas havia centenas de suíços em férias na região e o número de vítimas poderá ser muito maior.

Micheline Calmy-Rey, ministra suíça das Relações Exteriores convidou a imprensa no final da terça-feira (27.12) para uma coletiva, onde ela dá os primeiros números das vítimas suíças: pelo menos doze turistas pereceram nas gigantescas ondas provocadas pelo maremoto que atingiu as regiões costeiras no Oceano Índico.

Calmy-Rey apresentou condolências aos familiares das vítimas em nome do governo suíço. Peter Sutter, chefe da força-tarefa de emergência, explicou que seis suíços perderam a vida na Tailândia – quatro em Phuket e dois em Khao Lak – dois no Sri Lanka e um na Índia.

A ministra suíça lembrou que 2.200 suíços, clientes de diversas operadoras turísticas do país, se encontravam nas regiões sinistradas. Esse número não inclui os turistas individuais.

Portanto, o número de vítimas poderá ser muito maior.

1.700 suíços desaparecidos

“Ainda não se sabe o paradeiro de 1.700 pessoas”, revelou Peter Sutter. Até agora o governo conseguiu contatar apenas 800 suíços nos diferentes países.

A central telefônica que funciona vinte e quatro horas por dia já recebeu 2.500 chamadas. A esperança é que, com o retorno gradual dos turistas, o número de pessoas desaparecidas diminua gradativamente.

“Um dos maiores problemas é o corte nas comunicações ou sobrecarga das linhas telefônicas na região”, lembra Toni Frisch, chefe do Corpo Suíço de Ajuda Humanitária (CSA), organização que mantém atualmente diversas equipes nas regiões atingidas.

“Não podemos também esquecer que a população desses países está sofrendo terrivelmente e precisa de ajuda humanitária o mais rápido possível”, reforça Micheline Calmy-Rey.

Ao mesmo tempo que milhares de pessoas morreram, outras centenas estão desabrigadas e não dispõem mais do que a própria roupa do corpo.

Ajuda operacional suíça

A Suíça mantém grupos de resgate em vários países sinistrados. Três equipes do Departamento de Desenvolvimento e Cooperação (DDC, na sigla em francês) chegaram na terça-feira na Índia, Sri Lanka e Tailândia. Um quarto grupo estava à caminho de Phuket.

A primeira equipe já está trabalhando em Madras, cidade costeira no sul da Índia. Três especialistas de logística e medicina irão reforçar o grupo de dois especialistas da DDC que já estão atuando na região.

No Sri Lanka, quatro especialistas são acompanhados por um membro da Cruz Vermelha Suíça. Um deles irá elaborar planos de reconstrução no país.

Avaliar as necessidades

As equipes suíças têm como principal tarefa a avaliação das necessidades mais prementes, além de fornecer ajuda imediata e coordenar o atendimento com outras organizações.

O grupo de técnicos enviado para Phuket, na Tailândia, está encarregado de reforçar o pessoal encarregado no trabalho de identificação de suíços para permitir sua repatriação.

A aeronave utilizada na viagem que, além dos grupos humanitários, transportou também 800 quilos de material médico e um laboratório de análise de água, irá repatriar 250 turistas suíços.

As informações coletadas pelos diferentes grupos nas regiões atingidas servirão para avaliar a liberação de mais recursos e material destinado às vítimas de uma das maiores catástrofes já vividas pela humanidade.

swissinfo e agências

O Ministério das Relações Exteriores da Suíça colocou à disposição um número telefônico de urgência (0041 – 31 – 325 3333) para os familiares e próximos dos turistas suíços que se encontravam nas regiões atingidas pela catástrofe.

– O forte abalo sísmico ocorreu no domingo às 07:58 em hora local (e 01:58 na Suíça) próximo a Sumatra, ilha da Indonésia, e atingiu 8,9 graus na escala Richter.

– Gigantescas ondas provocadas pelo tremor de terra atingiram logo as regiões costeiras do Sri Lank, Índia, Indonésia, Malásia, Tailândia, Myanmar (Birmânia) e as Ilhas Maldivas.

– As estatísticas até o final da terça-feira (28.12) falavam de 55 mil mortos e 30 mil desaparecidos.

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