Contestação do G8 envolve a Suíça
As vésperas da cúpula do G8 (reunindo os oito mais industrializados em Gênova, de sexta a domingo), adversários da globalização se movimentam, as fronteiras filtram militantes ou simples suspeitos e os incidentes se multiplicam...
A Itália organiza a conferência do G8 (França, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos, Canadá e Rússia). Os militantes anti-globalização organizam a contestação, responsabilizando o fenômeno pelos problemas sociais crescentes, em particular nos países emergentes e pobres.
Receando violências – como as ocorridas, nos últimos anos, nos grandes encontros de caráter político-econômico – as autoridades italianas tomaram providências drásticas. Retiraram provisoriamente o país dos acordos de Schengen (sobre livre circulação de pessoas), introduziram controles sistemáticos em fronteiras e apelaram à colaboração de outros países, incluindo a Suíça, para identificar militantes violentos.
O empenho dos militantes, violentos ou pacíficos, em manifestar, de uma maneira ou outra, vem resultando em choques violentos. Já à noite de segunda-feira, 16/7, uma centena de manifestantes anti-globalização barraram em Chiasso (fronteira ítalo-suíça), um trem da linha Dortmund- Milão. A polícia suíça utilizou balas de borracha e gás lacrimogêneo para liberar o trem que acumulou mais de uma hora de atraso.
Outros incidentes estão programados. Por ex., o Grupo ATTAC (Associação por uma Taxação das Transações Financeiras e Ajuda aos Cidadãos), seção de Basiléia, organiza caravana de 2 ônibus em direção de Gênova, norte da Itália. Se não conseguir passar a fronteira não devem cruzar os braços.
Quanto aos temas abordados pelo G8, figuram em destaque a situação no Oriente Médio, nos Bálcãs (em particular na Macedônia), questões estratégicas entre russos e americanos (guerras nas estrelas).
A primeira cúpula do Grupo aconteceu em 1975, em Rambouillet (França). Na época Canadá e Rússia estavam de fora.
swissinfo com agências.
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