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Mafiosos italianos são presos na Suíça

Dois chefões da máfia, supostamente da mesma organização, foram detidos na Itália no final de janeiro, encontrados escondidos em um bunker EPA/Police press office

Vários suspeitos de participarem da organização criminosa italiana Ndrangheta foram presos na Suíça. 15 membros da organização mafiosa estão na prisão desde terça-feira aguardando a extradição.

O mandado de prisão foi baseado em um pedido de extradição italiano, de acordo com o Ministério da Justiça suíço. As autoridades italianas acusam os suspeitos de serem membros de uma organização criminosa. Especificamente, eles são suspeitos de fazer parte da ‘Ndrangheta, uma das mais poderosas organizações criminosas do mundo, centralizada na Calábria, sul da Itália.

12 pessoas foram presas no cantão da Turgóvia (nordeste), uma no cantão de Zurique e duas no cantão do Valais (oeste). Dois dos presos já haviam sido condenados a penas de prisão na Itália, de seis e nove anos cada.

Os detidos são acusados de terem participado de rituais associados ao grupo criminoso, além de respeitar sua estrutura hierárquica e terem alegado obediência incondicional à organização mafiosa.

O Ministério da Justiça disse que uma avaliação inicial mostrou que os fatos estabelecidos no pedido de extradição italiano também teriam levado a julgamento na Suíça e que as condições de extradição haviam sido cumpridas.

Dois outros suspeitos foram convocados para uma audiência no tribunal, no entanto como eles são cidadãos suíços não podem ser extraditados sem seu consentimento. Os detidos serão entregues às autoridades italianas na quarta-feira.

Risco “mínimo”

O Ministério da Justiça também anunciou que apenas um dos presos não recusou ser extraditado para a Itália.

Cabe ao Ministério da Justiça agora decidir como proceder, com base em declarações escritas apresentadas pelos detidos e demandas da Itália.

Segundo a lei suíça, a detenção é a regra em casos de extradição, mas a maioria dos indivíduos em questão mora na Suíça há anos e sabia que estava sendo investigada pela Itália. O Ministério da Justiça disse em um comunicado na terça-feira que acredita que “o risco de fuga ou conluio é mínimo”, e antecipa que os indivíduos serão postos em liberdade sob fiança com possíveis “medidas de segurança adicionais”.

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