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Janela n° 7: cantão dos Grisões (Graubünden)

Retrato Arno Camenisch
Keystone / Christian Beutler

"Allegra", caros leitores e leitoras. Hoje apresentamos a vocês um escritor oriundo das montanhas dos Grisões cujas obras começam a ser notadas para fora das fronteiras da Suíça.

Arno Camenisch, aos 42 anos de idade, já publicou onze livros e pode assim olhar para trás em muitos sucessos literários. Além do Prêmio de Literatura Suíça, ele ganhou o Prêmio de Fomento Hölderlin e o Prêmio ZKB Schiller. Por seu último trabalho, “Goldene Jahre”Link externo (Anos de Ouro), ele foi indicado para o Prêmio Alemão do Livro 2020.  ist er für den Deutschen Buchpreis 2020 nominiert.

No vídeo abaixo, Camenich recita um trecho de seu mais recente livro e comenta sua obra (legendas em alemão).

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Camenisch não tem contraparte na Suíça. Não necessariamente por causa dos temas de suas obras, mas por causa de sua língua única, na qual o alemão, o alemão suíço, o italiano e o romanche se fundem para formar uma língua totalmente nova.

Seu melódico dialeto grisonês salta aos olhos. Sua voz é sonora, áspera, mas também encontra tons mais suaves e gentis, diz a crítica Anne-Sophie Scholl em seu perfil do escritor.

Em sua primeira obra, “Sez Ner” (2009), Camenisch conta em alemão e romanche a vida nos pastos alpinos em uma pequena seqüência de cenas curtas, narradas de forma rude, mas muito poética. No início do livro, ele conta como um fazendeiro alpino fica preso com seu parapente na copa de um abeto e como um criador de porcos despeja queijo em um monte de estrume.

Em seus livros posteriores ele fala de sua região natal, Surselva: “Hinter dem Bahnhof” (Atrás da Estação) conta de sua infância no vilarejo, e em “Ustrinkata” sobre a última noite na taberna local antes de seu fechamento.

Camenisch cursou a escola primária e secundária em Graubünden. Hoje ele vive em Biel. Seus textos foram traduzidos para mais de 20 idiomas, e viajou o mundo todo realizando leituras públicas. 


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