Davenport e Hingis estão em nível superior
A regra do tênis rápido e com muita força também está se impondo no feminino. Isso exige muita preparação física, sobretudo das jogadoras de maior estatura, e provoca lesões que as tiram das quadras. Davenport também tem problemas e Hingis é uma exceção.
O duelo pela liderança mundial entre a americana Lindsay Davenport e a suíça Martina Hingis, iniciado há dois anos, ainda vai continuar por algum tempo. A previsão é de treinadores e preparadores físicos com experiência no circuito profissional. A liderança de Martina e Lindsay lembra a mesma situação de 15 anos atrás entre Martina Navratilova e Chris Evert.
Para o suíço Heinz Günthardt, que treinou Stefi Graff durante 6 anos, a diferença de Hingis e Davenport para as demais está no “mental” mas também que as duas estão “melhor” fisicamente. Para ele, quem tem o jogo mais baseado na força física, como as irmãs Williams, Amélie Mauresmo e Monica Seles, solicitam muito mais o corpo e se machucam mais facilmente.
Vênus Williams, que ainda é n° 3 mundial, não joga há 4 meses, com tendinite nos dois braços. Amélie Mauresmo está longe das quadras com problemas musculares nas coxas e nas costas. Mônica Seles não conseguia correr e perdeu de 6-0;6-0 para Martina Hingis em Miami e até Davenport ficou 36 horas de repouso e tratamento especial antes da final de Miami contra Hingis.
“As jogadoras de grande estatura têm de trabalhar muito a velocidade e fazer muita musculação”, explicou o preparador físico suíço Pierre Paganini à Tribuna de Genebra. Daí as lesões freqüentes.
O caso de Martina Hingis é diferente, segundo os especialistas. Ela tem uma visão de jogo excepcional, o que lhe permite antecipar sobre a adversária. Isso não quer dizer que ela não tenha que ser atenta à preparação física. Para isso, no ano passado, ele contratou Mike Nishihara, que já foi técnico de Pete Sampras. Mas o programa de treinamento de Martina é adaptado à sua morfologia e a seu estilo de jogo, muito coordenado e sem gestos “parasitas”, segundo Paganini, o que a faz economizar energia.
Martina Hingis vai completar 20 anos em setembro e só esteve fora das quadras duas vezes, uma delas por ter levado um tombo de um cavalo.
swissinfo com agências.
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