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Decisão alemã alimenta controvérsia nuclear

A Alemanha decidiu abandonar a energia nuclear em 2021, com o fechamento da última central do gênero, seguindo o exemplo da Suécia e da Itália. A decisão reforça na Suíça o debate sobre o controvertido tema.

A Alemanha é o terceiro país da Europa ocidental a anunciar abandono da energia nuclear. O acordo concluído na noite de quarta para quinta-feira – 14/15 de junho – entre o chanceler Gerhard Schröder e os industriais do ramo prevê vida de máximo de 32 anos para as centrais nucleares alemãs. Em conseqüência a ultima deve ser fechada em 2021.

Na Suíça o confronto entre pros e contras o nuclear é assunto de atualidade num momentto em que é revista lei sobre abandono progressivo dessa controvertida fonte de energia.

Ainda na quarta-feira, 14 de junho, o chamado Comitê “Sair do Nuclear” entregou ao Ministério das Relações Exteriores suas reivindicações, apoiadas por 45 mil assinaturas. Uma delas é que a existência das centrais do país não exceda 30 anos.

A uma iniciativa apresentada, intitulada “Sair do Nuclear”, propõe que se desativem 3 centrais (Beznau I e II e Mühlerberg). As duas outras (Goesgen e Leibstadt, foto) deveriam ser fechadas quando completassem 30 anos de funcionamento, por volta de 2015.

Um outro projeto também apresentado em forma de iniciativa popular (o que obrigará o povo a votar sobre a questão) e intitulado “Moratória-plus” exige que se prolongue por mais 10 anos a moratória aprovada pelo povo suíço em 1990 proibindo por uma década a construção de novas centrais nucleares. Exige também modernização das centrais existentes.

Os defensores do nuclear avançam também argumentos ecológicos, lembrando que a
produção de energia nuclear não gera CO2 – gases que provocam o efeito estufa.
Insistem também que se pode tirar proveito com os baixos custos do nuclear para
desenvolver energias renováveis. ·
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Um especialista do setor considera uma loucura “parar centrais nucleares que
funcionam para comprar eletricidade produzida por centrais da (vizinha) França,
provavelmente a preços mais elevados”.·
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Os meios anti-nucleares não se abalam, tendo em mente o desastre de Chernobyl
em 1986.

Na Suíça o nuclear representa 40 por cento do consumo em energia.

swissinfo com agências.

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