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Defesa

O exército suíço defende a neutralidade do país. Keystone

Tradição

Este conteúdo foi publicado em 10. maio 2006 - 16:58

O clássico papel do Exército Suíço tem sido defender a independência do país e garantir sua segurança interna.

A estes papéis foram acrescidos, agora, a promoção da paz em contexto internacional e ajuda humanitária após catástrofes naturais.

O serviço militar é compulsório para todos os homens habilitados. As mulheres podem servir como voluntárias na maior parte das unidades. Quem se oponha ao serviço militar pode substituí-lo por serviços comunitários, 1.5 vezes mais demorados. Um painel de especialistas analisa o pedido desses contestadores.

As Forças Armadas Suíças têm um papel puramente defensivo. Essas regras vêm sendo modificadas, de modo que tem sido possível para as tropas suíças de armamento ligeiro servir nas operações de apoio à paz das Nações Unidas, que não prevejam combates.

Desde o término da Guerra Fria, a Suíça vem conseguindo, com sucesso, reduzir o tamanho de suas forças armadas. O reforma Exército 1995 restringiu o número de efetivos para 400.000 soldados. O novo programa Exército XXI prevê uma força ativa de 120.000 pessoas, além de 80.000 reservas e incorporação de 20.000 recrutas.

Encerrado o período da Guerra Fria e com a integração européia em andamento, já se questiona na Suíça, em particular em partidos políticos de esquerda, a atual função do Exército. Notam-se tentativas de redefinir a missão da instituição e de limitar seus custos.

Proposta concreta da esquerda, por exemplo, é reduzir o porte Exército de 200 mil a 50 mil homens.

De fato, já não se concebe que o Exército suíço precise um dia defender as fronteiras nacionais. Imagina-se, sim, que ele possa ser útil para proteger a população e as infra-estruturas do país.

Mais profissional

A crescente profissionalização das unidades significa que novas e mais extensas formas de serviços serão agora necessárias.

A ala permanente da força aérea há décadas vem operando a tempo integral. A crescente natureza técnica dos exércitos exige agora que dois terços dos recrutas façam treino básico de 18 semanas ao invés de 15. O terço remanescente cumpre um período de 21 semanas de treinamento.

Atualmente, os processos de recrutamento e de seleção duram três dias, assegurando uma menor taxa de dispensa. Os cursos de aprimoramento anual de duas ou três semanas estão de volta na programação, e, novidade na Suíça, os recrutas podem optar por fazer seu serviço vitalício de 300 dias em um período ininterrupto.

Um núcleo de 2.000-3.000 recrutas anuais, juntamente com cerca de 3.000 instrutores profissionais, não representa um exército permanente. Permite, porém, mais eficiente desempenho de missões como segurança de embaixadas ou proteção de conferências internacionais que se realizem na Suíça.

Reforma

Exército XXI é a mais radical transformação da defesa suíça desde a Segunda Guerra Mundial. Concepção militar moderna exige unidades de luta mais flexíveis, dinâmicas e móveis.

Divisões estão se transformando em brigadas e muitas formações estáticas estão sendo reagrupadas. A drástica redução significa que a Suíça acumula um gigantesco arsenal, petrechos que na maioria tenta vender.

Desse modo, os caças F-5E foram vendidos de volta aos Estados Unidos, enquanto que os tanques de combate Leopard foram armazenados - com bolinhas de naftalina - num depósito climatizado.

Os cortes significam que, com o fechamento de certo número de bases da força aérea, centros logísticos e depósitos, muitos empregados do Ministério da Defesa correm risco de perder o emprego.

A Suíça gasta, atualmente, menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) anuais com a defesa nacional.

Mas mantém-se o objetivo de formar uma dinâmica e eficiente força de autodefesa, baseada no recrutamento. E o estado-maior do Exército quer reforçar com mais aviões a esquadra de caças, integrada por 33 F/A-18, para permitir uma força aérea que atenda às metas da defesa aérea do país. Contudo, especialistas militares advertiram que, com uma redução dos gastos militares desse porte, o Exército precisará de pelo menos oito anos para recuperar seu total desempenho.

O DIS, Diretório para Inteligência Secreta, é um serviço de inteligência exterior permanente. Ele produz contínuas análises sobre ameaças, perigos e riscos, particularmente através de estações de satélites de interceptação.

As comunicações civis e militares internacionais transportadas por satélites, incluindo tráfico via Internet, são monitorados pelo Onyx, uma pequena versão do sistema americano Echelon.

Onyx, com base em três regiões dos Cantões de Berna e Valais, utiliza software de filtro, que busca palavras chaves para interceptar comunicações via satélite.

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