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Deiss saiu do Brasil com boa impressão

Sede da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), onde as delegações suíça e brasileira se encontraram. Nélson Kon/Rino Levi

"Tenho a sensação de deixar aqui amigos que gostaria de encontrar o mais rápido possível, de preferência na Suíça".

A declaração a swissinfo foi feita e pelo ministro suíço da Economia, Joseph Deiss, pouco antes de embarcar para Cancún, no México, após ter passado três dias em Brasília e São Paulo.

Questionado pela reportagem se o convite feito ao presidente Lula para uma visita oficial em 2005 não tinha em vista o fato de ser o ano em que ele será presidente da Suíça, Joseph Deiss sorriu e disse que “isso tinha um fundo de verdade”.

Ainda o encontro com Lula

O ministro suíço também voltou a falar do encontro com Lula, segunda-feira, em Brasília, dizendo que “depois que a conversa engrenou, o presidente brasileiro não queria mais parar e ele teve de lembrá-lo que estava quase perdendo o avião para São Paulo”.

Terça-feira, na capital paulista, a delegação suíça chefiada por Deiss e composta de empresários que têm interesses no Brasil, teve outro dia com a agenda lotada, com visitas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), ao Colégio suíço e ao governador paulista Geraldo Alckmin.

Na Fiesp, afora o ambiente amistoso e a troca de amabilidades, os suíços ouviram análises tão ou mais otimistas do que da parte do governo, em Brasília.

Otimismo na Fiesp

O vice-presidente, Carlos Roberto Liboni falou das reforma da previdência social e da reforma tributária em tramitação no Congresso como “muito positivas”. Enfatizou que os objetivos do governo de incentivar o setor produtivo como conforme aos interesses dos industriais.

Lembrou que São Paulo tem a maior concentração industrial do hemisfério sul, “construída por imigrantes” e que os suíços são “respeitados como sérios e trabalhadores”. Disse que o presidente Lula, que já foi adversário da Fiesp, como “um homem de visão”.

Liboni prometeu que a Fiespo vai apoiar o acordo sobre a proteção de investimentos, reivindicado pelos suíços em Brasília, e que foi retirado da pauta do Congresso em dezembro do ano passado.

O diretor do Departamento de Relações Exteriores da Fiesp, Maurice Costin, é ainda mais otimista. Ele afirmou que “o pior já passou ” e que a indústria brasileira terá brevemente um ciclo de expansão e modernização “que deve soar bem aos ouvidos dos suíços”.

Escola e governador

Lembrou ainda que a Fiesp tem um grupo de ajuda aos investidores estrangeiros que pretendem se instalar no Brasil.

Os empresários suíços também apresentaram sua principal entidade. Economia Suíça e, individualmente, suas atividades.

A visita à Escola suíça de São Paulo, às voltas com problemas de corte de subvenções, foi rápida e em pleno período de aulas.

No diálogo com o governador de São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, os empresários tiveram nova oportunidade de dizer o que fazem.

Geraldo Alkmin estava acompanhado de três secretários do governo (Ciência e Tecnologia, Economia e Relações Exteriores) que apresentaram São Paulo como o melhor estado para os estrangeiros investirem. As vantagens de São Paulo foram confirmadas pelo diretor da Nestlé do Brasil, Ivan Zurita.

swissinfo, Claudinê Gonçalves, São Paulo

– O Brasil é o principal parceiro de negócios da Suíça na América Latina, com 34,4% do volume de negócios em 2002; o segundo volume é com o Chile (22,3%).

– Isso representou em 2002, quase 1,9 bilhões de francos suíços em 2002, em importações e exportações com o Brasil.

– A Suíça já foi o 4° maior investidor estrangeiro no Brasil. Hoje está em 15º lugar, com 4 bilhões de dólares, em 2002.

– Tanto o comércio como os investimentos estão estagnados.

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