Como a democracia suíça pode ajudar o mundo?
Promover a democracia em outros países é um dos principais focos da estratégia de política externa da Suíça para o período de 2024 a 2027.
Até hoje, a Suíça mantinha diversos projetos em parceria com os Estados Unidos. Em setembro de 2024, o ministro suíço das Relações Exteriores, Ignazio Cassis, falou com entusiasmo sobre o trabalho de promoção da democracia em um evento organizado pela USAID, em Nova York. Na ocasião, a chefe da USAID, Samantha Power, chegou a elogiar o papel do país.
A USAID é a agência americana de cooperação internacional. Logo após tomar posse, o presidente dos EUA, Donald Trump, determinou o congelamento de todos os fundos destinados aos seus projetos. Assim, a Suíça provavelmente precisará buscar novos parceiros.
Qual é a sua opinião sobre o tema?

Mostrar mais
Suíça apoia iniciativa americana em meio à “recessão democrática global“

Sim, será preciso reduzir o orçamento, talvez de forma razoável, mas também será preciso dar um grande salto de dignidade. Mas tudo deve ser feito ao contrário destes pervertidos americanos que cortam as instituições culturais com uma serra eléctrica. A história suíça é um unicum glorioso na Suíça moderna, porque sempre seguiu o amor à liberdade e à justiça, como manda o nosso mito, armado com uma besta. De facto, hoje em dia, é ainda melhor dizer justiça e liberdade (GL), porque a primeira parece estar mais em perigo do que a segunda. O nosso país foi, durante muitas décadas, a única república (radical-liberal) numa Europa de monarquias imperiais e de reinos aristocráticos fantoches, chegando mesmo a albergar perseguidores políticos de toda a parte. Para além de uma República fundada por riquíssimos proprietários de imensas propriedades e milhares de escravos, que pregavam o direito à felicidade para todos.... a defender com armas de guerra individuais e não com a lei!
Precisamos de fazer com que as pessoas conheçam cada vez mais e melhor a história do nosso país e o "apregoem" como o "melhor" do mundo. Quando muito dir-nos-ão que somos presunçosos, mas se conseguíssemos divulgá-la em profundidade (para além das fronteiras que o mundo não conhece) o mundo compreenderia que somos uma COISA POSSÍVEL.
E vocês dizem-nos pouco!
Sì, si dovrà tagliare magari in quantità ragionevole il budget, ma anche avere un gran sussulto di dignità. Ma si deve fare tutto al contrario di questi americani spergiuri che tagliano le istituzioni culturali con la motosega. La storia svizzera è un unicum glorioso nella Svizzera moderna, perché ha seguito sempre l'amore per la libertà e per la giustizia, come vuole il nostro mito, armato di balestra. Anzi, oggi è ancor meglio dire giustizia e libertà (GL), perché la prima sembra più in pericolo della seconda. Il nostro paese è stato per molti decenni l'unica Repubblica (radical-liberale) in un Europa di monarchie imperiali e di regni nobiliari fantoccio, ospitando persino perseguitati politici d'ogni dove. Altro che una Repubblica fondata da ricchissimi proprietari di enormi fondi e di migliaia di schiavi, che predica il diritto alla felicità per tutti.... da difendere con armi da guerra individuali piuttosto che con la legge !
Dobbiamo far CONOSCERE DI PIÙ E MEGLIO LA STORIA PATRIA DAPPERTUTTO e "strombazzarla" come la "migliore" del mondo. Al massimo ci diranno di esser presuntuosi, ma se riuscissimo a farla conoscere a fondo (oltreconfine il mondo non sa NULLA della CH) il mondo capirebbe che siamo una COSA POSSIBILE.
E ci dite poco !?

Obrigado pelo vosso contributo! Como conhecedor da democracia suíça, gostaria também de recomendar este artigo sobre a história da democracia moderna nos Grisões. O Professor Randolh Head investigou o assunto - e chegou à conclusão de que a democracia antes dos direitos humanos também não se baseava numa forma de igualdade: https://www.swissinfo.ch/ita/democrazia/500-anni-di-grigioni-la-democrazia-della-prima-et%c3%a0-moderna-non-era-egualitaria-storia-randolph-head-intervsta/73889275
Relativamente ao tema da promoção da democracia, gostaria de vos dizer que não se trata propriamente de promover a Suíça. Trata-se de trabalhar para que a democracia funcione mais e melhor, tal como está previsto no artigo 54º, nº 2, da Constituição Federal:
"A Confederação esforça-se por salvaguardar a independência da Suíça e o seu bem-estar.
A Confederação esforça-se por salvaguardar a independência da Suíça e o seu bem-estar.
mundo, para o respeito dos direitos humanos e a promoção da democracia, para a coexistência pacífica
a coexistência pacífica dos povos e a preservação dos recursos naturais.
recursos naturais".
Vielen Dank für Ihren Beitrag! Gerne empfehle ich Ihnen als Connaisseur der Schweizer Demokratie auch diesen Artikel über die Geschichte der frühmodernen Demokratie in Graubünden. Professor Randolh Head hat dazu geforscht - und kam zum Schluss, dass die Demokratie vor den Menschenrechten eben auch nicht auf einer Form von Gleichheit beruhte: https://www.swissinfo.ch/ita/democrazia/500-anni-di-grigioni-la-democrazia-della-prima-et%c3%a0-moderna-non-era-egualitaria-storia-randolph-head-intervsta/73889275
Zum Thema der Demokratieförderung möchte ich Ihnen gerne noch mitteilen, dass es dabei nicht im eigentlichen Sinne darum geht, die Schweiz zu bewerben. Sondern sich für mehr und besser funktionierende Demokratie einzusetzen, wie es in der Bundesverfassung Artikel 54, Absatz 2 heisst:
"Der Bund setzt sich ein für die Wahrung der Unabhängigkeit der Schweiz und für
ihre Wohlfahrt; er trägt namentlich bei zur Linderung von Not und Armut in der
Welt, zur Achtung der Menschenrechte und zur Förderung der Demokratie, zu
einem friedlichen Zusammenleben der Völker sowie zur Erhaltung der natürlichen
Lebensgrundlagen."

A promoção da democracia noutros países é uma das prioridades da estratégia da política externa suíça para o período de 2024 a 2027.
Sim, por favor, é muito importante mostrar a outros países que a democracia é possível. Mais importante do que qualquer outra coisa neste momento.
Promoting democracy in other countries is one of the priorities of the Swiss Foreign Policy Strategy from 2024 to 2027.
Yes, please, it is so important to show other countries that democracy is possible. More important that anything else at the moment.

Muito obrigado pela sua contribuição. Tem em mente algum país específico onde acha que a Suíça se deve envolver?
Vielen Dank für Ihren Beitrag. Haben Sie bestimmte Länder im Kopf, wo sich die Schweiz Ihrer Meinung nach engagieren sollte?

Em primeiro lugar, as intenções da nova administração dos EUA ainda não são claras, embora von Wyl as considere como certas (talvez este seja um desejo há muito acalentado?). No entanto, para além das nossas relações com a América (que vale sempre a pena cultivar), eu diria que, para a Suíça, uma Europa que tem de retomar o seu destino nas suas próprias mãos e repensar-se militarmente e, por conseguinte, também politicamente, é uma excelente oportunidade para deixar de se limitar a acordos económicos e propor uma construção europeia de tipo federalista, na qual a própria Confederação tem um papel a desempenhar.
Innanzitutto le intenzioni della nuova Amministrazione USA non sono ancora chiare, nonostante von Wyl le dia per scontate (forse è un desiderio a lungo covato?). Comunque, al di là delle nostre relazioni con l’America (che vale sempre la pena coltivare), direi che per la Svizzera un’Europa che deve riprendere in mano il proprio destino e ripensarsi in chiave militare e quindi anche politica sia un’ottima occasione per non più limitarsi ad accordi di stampo economico ma per proporre una costruzione europea di tipo federalista, nella quale la Confederazione stessa abbia in qualche modo parte.

Obrigado pela vossa contribuição. É de facto verdade que o futuro da USAID ainda não está legalmente definido. Mas as intenções do governo dos EUA parecem bastante claras a este respeito. Não acha que é assim?
Quando fala de uma "construção europeia de tipo federalista", está a falar no contexto da União Europeia? Então é a favor da adesão da Suíça à UE?
Vielen Dank für Ihren Beitrag. Es ist tatsächlich so, dass die Zukunft von USAID juristisch noch nicht ausgefochten ist. Aber die Absichten der US-Regierung scheinen in diesem Hinblick doch ziemlich klar. Finden Sie nicht?
Wenn Sie von einer "föderalistischen Art des europäischen Aufbaus" sprechen, meinen Sie dann im Zusammenhang mit der Europäischen Union? Also sprechen Sie sich für einen Schweizer EU-Beitritt aus?

A democracia está a recuar. Pelo menos na pátria da democracia. A Hungria quer regressar à ditadura. As ditaduras clássicas, como a Rússia e a China, estão a ficar cada vez mais fortes. Poupem as despesas inúteis com a promoção da democracia e a ajuda ao desenvolvimento e invistam-nas na defesa europeia.
Die Demokratie ist auf dem Rückzug. Im Mutterland der Demokratie sowieso. Ungarn will zurück zur Diktatur. Die klassischen Diktaturen wie Russland und China werden immer stärker. Spart die sinnlosen Ausgaben für Demokratieförderung und Entwicklungshilfe und steckt das in die europäische Verteidigung.

Não vejo necessidade de uma "reorientação" da democracia suíça só porque Trump está de volta ao governo dos EUA. Ele será esquecido em menos de quatro anos: não acho que a nossa democracia seja tão frágil a ponto de ser influenciada por um personagem teatral e impolítico como Donald. Se tivermos um pouco de sentido crítico e de lucidez mental, bem como um sentido das verdadeiras instituições democráticas, não nos deixaremos certamente influenciar por uma personagem de circo como esta.
Non vedo alcuna necessità di "riorientamento" della democrazia svizzera solo perché c'è di nuovo Trump al governo degli USA. Lui tra meno di 4 anni passerà nel dimenticatoio: non credo che la nostra democrazia sia così fragile da farsi influenzare da un personaggio teatrale e impolitico come Donald. Se uno possiede solo un po' di senso critico e lucidità mentale, nonché di senso delle vere istituzione democratiche, non si farà di certo influenzare da un personaggio circense simile.

Obrigado pela vossa contribuição! No entanto, a promoção da democracia não se refere à democracia suíça, mas ao empenhamento da Suíça na democracia noutros países.
Vielen Dank für Ihren Beitrag! Die Demokratieförderung meint aber nicht die Schweizer Demokratie, sondern das Engagement der Schweiz für die Demokratie in anderen Ländern.

Caro Benjamin.
Por favor, faça duas correcções: onde o meu primeiro comentário diz "A Priori" deve dizer "A Posteriori". Além disso, no final, "que são" deve ser eliminado.
Obrigado,
José António
Dear Benjamin.
Please make 2 corrections: where my first comment says “A Priori” it must say “A Posteriori.” Also, at the end, “that are” must be deleted.
Thanks,
José Antonio

Obrigado pelo seu comentário! Infelizmente, não podemos intervir nos comentários posteriormente, corrigi-los ou editá-los de qualquer outra forma.
Vielen Dank für den Kommentar! Wir können nachträglich leider nicht in die Kommentare eingreifen, sie korrigieren oder anderweitig bearbeiten.

Obrigado! Na verdade, apenas a primeira correção é necessária. A segunda correção foi mal interpretada.
Thanks! Actually only the first correction is necessary. The second correction was misinterpreted.

Sim: "Na sua opinião, como é que a promoção da democracia suíça se deve adaptar à nova realidade?"
mas: como a realidade atual é a da policrise, que substituiu a modernidade por um ruído para os eleitores muito superior ao sinal que impulsiona as polarizações, adaptar-se não é suficiente.
e: é necessária uma nova realidade em que a democracia tem de ser redefinida como democracia global sistémica (antifrágil) para que os eleitores recebam um sinal muito mais elevado do que o ruído, que substitua a atual democracia global anti-sistémica (frágil) para muitos eleitores, mesmo os da Suíça,
Nota: as aproximações ao futuro acima referidas, que têm vindo a emergir através de mim e que são partilhadas nas redes sociais, são mais uma ponta de um iceberg de Um Sistema Global.
Yes: “How do you think Swiss democracy promotion should adjust to the new reality?”
but: as the current reality is that of the Polycrisis, that replaced Modernity with noise for voters a lot higher than the signal that drive polarizations, to adjust is not enough.
and: there's a need for a new reality where democracy needs to be redefined as global systemic (antifragile) democracy for voters to receive a lot higher signal than the noise, that replaces the current global antisystemic (fragile) democracy for a lot of voters even those of Switzerland,
Note: the above Yes_but_and A Priori Behavior approximation to the future, that have been emerging through me that are shared in social media, is another tip of an iceberg of A Global System.

Estas são, naturalmente, considerações interessantes. Ao mesmo tempo, não me parece muito realista que a promoção - estatal - da democracia na Suíça funcione subitamente fora do quadro do Estado. Como funcionaria uma abordagem segundo as suas linhas na atual realidade dos Estados-nação?
Das sind natürlich spannende Überlegungen. Gleichzeitig scheint es mir nicht so realistisch, dass die - staatliche - Schweizer Demokratieförderung plötzlich ausserhalb des Rahmens der Staatlichkeit agiert. Wie würde denn ein Ansatz in Ihrem Sinne in der jetzigen Realität von Nationalstaaten ansetzen?

"Os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não conseguem aprender, desaprender e reaprender." - Alvin Toffler
A realidade atual já não é a que Toffler identificou como a Segunda Vaga, mas a de uma idade média (Polycrisis) entre a sua Segunda Vaga e a Terceira Vaga. A realidade emergente deve ser a da Terceira Vaga.
Enquanto a promoção da democracia na Suíça parece ser a da Segunda Vaga, a democracia na Policrise tem eleitores "analfabetos" que elegem políticos nacionais, enquanto há um vazio de liderança política global. No entanto, a essência da democracia da Suíça, como um lugar de alavancagem (começando com outras nações da Europa) pode ser actualizada para a Terceira Onda para uma massa crítica de nações para substituir as Nações Unidas.
“The illiterate of the 21st century will not be those who cannot read and write, but those who cannot learn, unlearn, and relearn.” - Alvin Toffler
The current reality is no longer that which Toffler identified as the Second Wave, but that of a middle age (Polycrisis) between his Second Wave and Third Wave. The emerging reality should be that of the Third Wave.
While the promotion of democracy in Switzerland seems to be that of the Second Wave, democracy in the Polycrisis have “illiterate” voters that elect national politicians, while there’s a global politics leadership vacuum. However, the essence of the democracy of Switzerland, as a leverage place (starting with other nations of Europe) might be upgraded for the Third Wave for a critical mass of nations to replace the United Nations.
Participe da discussão