Direita é contra semana de 36 horas
Os suíços vão votar dia 3 de março sobre a redução da carga horária de trabalho de 40 para 36 horas semanais. A proposta dos sindicatos é combatida pela direita parlamentar.
O comitê interpartidário lançou segunda-feira, em Berna, a campanha pelo “não à semana de 36 horas.
Iniciativa foi lançada em 98
Composto por 164 parlamentares dos 4 partidos de direita mais representativos, o comitê considera que a redução do horário de trabalho, sem redução de salários médios e baixos, diminuiria a competitividade da economia suíça e ameaçaria o emprego.
A iniciativa a ser votada dia 3 de março foi lançada em 1998 pela União Sindical Suíça (USS), maior central sindical do país, próxima do Partido Socialista.
A USS angariou 108 mil assinaturas (100 mil é o limite) para que a questão seja submetida a votação nacional. Se aprovada, será inscrita na Constituição.
Convenções coletivas
“A regulamentação rígida da carga horária está em defasagem completa com a sociedade”, afirma o comitê interpartidário, que considera que a tendência atual é a flexibilização.
Essa questão deve ser negociada e regulamentada nas convenções coletivas e não através da Constituição, afirmam os adversários. Sempre haverá alguém disposto a trabalhar mais para ganhar mais, segundo o comitê. O risco da regulamentação constitucional, para eles, é incentivar o trabalho clandestino.
Além disso, de acordo com o comitê, seria impossível comprir as 36 horas para 88% das empresas suíças, que têm menos de 10 funcionários.
França e Bélgica são maus exemplos
Para ser inscrita na Constituição, a iniciativa popular precisa ser aprovada por dupla maioria, do povo e dos 26 estados. Os salários até 7.600 francos suíços (5.200 euros) não seriam reduzidos.
Na União Européia, França e Bélgica aplicam 35 horas semanais, mas o desempenho dessas economia não são um exemplo para a Suíça, segundo o comitê.
swissinfo com agências
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