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Suíça congela milhões ligados a banco português

Portugal resgatou o Banco Espírito Santo, rebatizado Novo Banco, com 4,9 bilhões de euros de dinheiro dos contribuintes em 2014. Keystone

O Ministério Público da Suíça congelou mais de 160 milhões de francos suíços ligados à falência do Banco Espírito Santo, em 2014, na época o maior banco privado de Portugal. Várias pessoas são suspeitas de lavagem de dinheiro.

O Ministério Público Federal confirmou no domingo que os juízes suíços realizaram várias buscas em setembro de 2014 vinculadas a um inquérito no Banco Espírito Santo. O Ministério Público Federal disse que isso foi em resposta a um pedido de assistência jurídica por parte de Portugal.

Acrescentou que uma equipa de investigação conjunta foi criada em maio de 2015 com as autoridades portuguesas.

A confirmação segue um relatório divulgado domingo pelos jornais Le Matin Dimanche e SonntagsZeitung que a Suíça congelou mais de CHF160 milhões (US$ 159 milhões) provenientes de Angola, devido à falência em 2014 do Banco Espírito Santo. De acordo com os documentos, a Procuradoria-Geral da Suíça confirmou o congelamento dos fundos, como parte de um processo legal em curso.

Os jornais disseram que o Ministério Público Federal está investigando o banqueiro angolano Alvaro Sobrinho, que supervisionou a filial angolana do Banco Espírito Santo, acusado de lavagem de dinheiro. Em Portugal, também é suspeito de participar em fraudes. Os jornais disseram que o ex-diretor e sua família tinham se beneficiado com a quantia de US$ 500 milhões.

Os jornais Le Matin Dimanche e SonntagsZeitung disseram que o advogado de Sobrinho rejeitou as acusações contra seu cliente.

Portugal salvou o Banco Espirito Santo, rebatizado Novo Banco, com 4,9 bilhões de euros de dinheiro dos contribuintes em 2014, através do fundo de resolução bancária do país, operação que foi acordada com a Comissão Europeia para garantir que o apoio estatal não infringisse as regras da concorrência.

Na sexta-feira, o governo português anunciou que havia acordado vender uma participação de 75% do Novo Banco para a firma americana de private equity Lone Star em troca de uma entrada de capital de 1 bilhão de euros na instituição.

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