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Holcim é destaque do dinâmico setor de cimento no Brasil

Número dois mundial do cimento, atrás da francesa Lafarge Keystone

Impulsionado pelo aumento da demanda privada e, sobretudo, pelos planos habitacionais ou de infraestrutura impulsionados poder público, o mercado da construção civil no Brasil não para de crescer.

Este conteúdo foi publicado em 04. julho 2009 - 10:50

Em 2009, apesar dos efeitos da crise global, a expectativa é de consolidação desse crescimento, graças Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do pacote habitacional "Minha Casa, Minha Vida", lançado pelo governo federal.

A produção de cimento é o segmento que vem obtendo os melhores resultados. No ano passado, 51 milhões de toneladas de cimento foram produzidas no Brasil, e as vendas internas aumentaram 14% em relação a 2007.

Esse aumento colocou o Brasil como o quinto maior mercado consumidor mundial, atrás somente de China, Índia, Rússia e Estados Unidos. Em 2008, o volume da produção brasileira ultrapassou a marca de países como Japão, Coréia do Sul e Espanha, entre outros.

Empresa de origem suíça que atua no Brasil desde 1951, a Holcim é destaque absoluto na produção nacional de cimento: "Em 2008, a empresa produziu 4,05 milhões de toneladas de cimento, 15,7% acima do volume de 2007, atingindo faturamento bruto de R$ 1,4 bilhão. Nos últimos anos, investimos R$ 434 milhões na modernização de nossas fábricas para atender ao crescimento da demanda", afirma o diretor comercial e de relações externas da Holcim Brasil, Carlos Eduardo Garrocho de Almeida.

Desafio

Em 2009, o grande desafio para a construção civil, e para o setor de cimento em particular, é manter as taxas de crescimento do ano passado.

Frente à crise financeira e à retração do crédito, a tarefa exige esforço, como demonstra a oscilação do mercado: "No início de junho, o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) divulgou os dados preliminares das vendas, indicando que, após um aumento de 2,1% em abril, as vendas de cimento caíram em maio na mesma proporção. As vendas no mercado interno recuaram 2% na comparação com o mesmo mês de 2008. Ou seja, o mercado está bastante volúvel", afirma Almeida.

Apesar do cenário ainda instável, o diretor da Holcim Brasil aposta em bons resultados: "Mesmo com a perspectiva de taxas de crescimento mais lentas, acreditamos que o mercado se manterá bom para a construção também em 2009. O governo caminha em parceria com o setor, mostrando preocupação em intensificar as obras do PAC e oferecendo incentivos, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o apoio à compra de materiais de construção e o financiamento da casa própria, além da abertura de linhas de crédito a empresas do setor de construção".

A opinião de Almeida é compartilhada pelo vice-presidente do SNIC, José Otávio Carvalho: "Esperamos que o PAC e o pacote habitacional impulsionem o setor. As obras iniciadas antes da crise continuam. Os fabricantes acreditam que os investimentos do governo federal em infraestrutura compensarão eventuais quedas no consumo de cimento pela construção civil", disse.

Espaço para crescer

De acordo com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), para atender à demanda do programa "Minha Casa, Minha Vida" a indústria de cimento no Brasil terá que produzir nos próximos dois anos cinco milhões de toneladas, o que equivale a cem milhões de sacos de cimento. A meta do governo é construir nesse período um milhão de moradias que serão destinadas a famílias de baixa renda.

Na avaliação de Carlos Eduardo Garrocho de Almeida, o mercado brasileiro ainda tem muito espaço para crescer: "O Brasil tem uma demanda reprimida para diversos segmentos. Em habitação, são oito milhões de unidades. Temos ainda grandes demandas nas áreas de energia elétrica, portos, estradas. Os programas de concessões rodoviárias, por exemplo, continuam".

Assim sendo, é natural que as principais empresas do setor estejam se preparando para expandir suas atividades: "Em todos os segmentos há necessidade expressiva de investimentos. Essa demanda reprimida está sendo atacada aos poucos pelo governo e pela iniciativa privada. Assim, temos boas perspectivas pela frente, mas ainda estamos avaliando o momento para então traçar metas realistas para os próximos anos", disse o diretor da Holcim Brasil.

Sustentabilidade

Reconhecido internacionalmente, o prêmio Holcim Awards destaca os melhores projetos de construção sustentável em todo o mundo. Segundo a empresa, os projetos apresentados passam pelos seguintes critérios de avaliação: inovação, padrões éticos e eqüidade social, uso eficiente de recursos naturais, desempenho econômico e impacto estético.

"A finalidade da premiação é estimular o pensamento para a sustentabilidade na construção. A responsabilidade pela implementação é dos empreendedores de cada projeto", explica Almeida.

No Brasil, país onde a questão ambiental tem importância planetária, o caminho da sustentabilidade ainda está sendo sedimentado, segundo Almeida: "O que temos notado é que o setor da construção no Brasil está empenhado em desenvolver práticas de sustentabilidade sólidas. Como exemplo, podemos citar a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que está desenvolvendo um projeto de construção sustentável que irá causar impacto em todas as construtoras e em seus fornecedores. Toda a sociedade ganhará com isso".

Maurício Thuswohl, Rio de Janeiro, swissinfo.ch

Casas Populares

Aprovado pelo Congresso Nacional em junho, o programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", coordenado pelo governo federal, contará com R$ 34 bilhões em recursos públicos para o financiamento da construção de habitações destinadas a famílias com renda mensal de até dez salários mínimos.

O principal foco do programa são as grandes cidades e as áreas metropolitanas, onde se faz notar com mais força o déficit habitacional do Brasil. Nessas áreas, a prioridade do governo é a construção de moradias para famílias com renda mensal de até três salários mínimos.

O Rio de Janeiro foi a primeira capital a anunciar sua adesão ao pacote habitacional, que acontecerá a partir de um convênio firmado entre a Prefeitura e a Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo a Secretaria Municipal de Habitação, a meta é construir 50 mil novas casas populares na cidade, com as dez mil primeiras chaves entregues ainda em 2009.

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