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Sucesso na Copa, Baixo Suíça promete ser ainda melhor nas Olimpíadas

Assim será o Baixo Suíça nas Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. swissinfo.ch

Erguida às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas e sucesso absoluto entre brasileiros, suíços e pessoas de outras nacionalidades durante a Copa do Mundo de 2014, a Casa da Suíça (House of Switzerland) voltará a existir, ampliada e renovada, e promete ser um dos principais pontos de encontro durante as Olimpíadas e Paraolimpíadas que acontecerão nos meses de agosto e setembro no Rio de Janeiro.

Anunciado oficialmente em 26 de abril, o espaço, que há dois anos foi batizado carinhosamente pelo povo carioca como Baixo Suíça, funcionará novamente na Lagoa e apresentará atrações culturais, científicas e gastronômicas, além, é claro, de muito esporte, com direito à presença de atletas suíços de diversas modalidades.

Com inauguração prevista para 1º de agosto, dia nacional da Suíça, a versão 2016 do Baixo Suíça custará US$ 5 milhões e contará com três casas e um parque ao ar livre distribuídos em uma área de 4,1 mil metros quadrados instalada no campo de beisebol da Lagoa. Sua organização é uma iniciativa da Presença Suíça, órgão do Departamento de Relações Exteriores do governo suíço, e a expectativa é que pelo menos 450 mil pessoas visitem e aproveitem as diversas atrações do local durante os dois meses de duração do grande evento esportivo.

“O Baixo Suíça conquistou o coração dos cariocas durante a Copa do Mundo, o que nos deixou muito felizes e orgulhosos. Agora vamos repetir a dose. A experiência em 2014 foi fantástica, celebramos o esporte e a paixão. É fantástico estar aqui novamente”, diz Nicolas Bideau, embaixador da Presença Suíça.

Para Christina Gläser, coordenadora da campanha de comunicação Swissando, promovida pela Presença Suíça especialmente para o Brasil, a paisagem da lagoa carioca, rodeada por morros de intensa beleza como o Dois Irmãos e a Pedra da Gávea, a torna o lugar ideal para mais este encontro entre as culturas suíça e brasileira: “Não há lugar melhor para mostrar para o Rio de Janeiro um pequeno pedaço da Suíça do que em frente à Lagoa, já que os lugares mais bonitos da Suíça são os lagos e as montanhas”, diz.

Os visitantes do Baixo Suíça poderão se divertir em um rinque de patinação com capacidade para 50 pessoas montado pela Glice, empresa suíça que é referência mundial na produção de rampas artificiais e gelo sintético para esportes de inverno: “O rinque terá duzentos metros quadrados e será totalmente sustentável, já que não precisa de água nem eletricidade. Será oferecido de graça para o público, o dia todo, e os equipamentos de patinação estarão disponíveis para empréstimo no local”, diz Christina.

Outra atração gratuita será a pista de corrida montada em parceria com a empresa suíça Omega, responsável pela cronometragem das provas olímpicas: “Será uma pista verdadeira de atletismo equipada com um photochart, o que permitirá aos participantes medir o tempo exato de sua corrida, além de tirar uma foto no momento da chegada”, conta a coordenadora da Swissando.

Gastronomia

Uma das razões do sucesso do Baixo Suíça em 2014, os espaços gastronômicos dedicados à culinária suíça serão ainda mais atraentes durante as Olimpíadas. Comandada pelo chef suíço Chris Zueger, a maior novidade será o churrasco suíço produzido no equipamento conhecido como firering: “É uma inovação suíça. São chapas em forma de anel aquecidas pelo fogo. Nós também temos uma tradição forte de churrasco, mas é claro que não vamos competir com a carne brasileira. A ideia é mostrar as similaridades na tradição de churrasco. Nosso chef suíço vai apresentar como ele faz as comidas em cima dessas chapas. Vai ser um show de culinária”, diz Christina.

O restaurante irá oferecer itens tradicionais da culinária suíça, como os queijos, o rostie de batata e a salsicha bratwurst. Outra atração será o muito apreciado chocolate suíço, e os visitantes poderão assistir a um workshop que mostrará sua produção a partir do cacau brasileiro e do leite em pó suíço. Também serão servidos ao público vinhos suíços, branco e tinto, produzidos a partir da uva Chasselas na região do Lago Léman, em Genebra.

Medalhas e turismo

A presença de atletas suíços que competirão nas Olimpíadas também promete agitar o Baixo Suíça. Segundo a Presença Suíça, é esperada a visita de cerca de cem atletas de 25 modalidades esportivas para confraternizar com o público. A ideia é que cada medalha conquistada pelos suíços seja celebrada junto aos seus ganhadores em eventos realizado à noite. As diversas competições olímpicas poderão ser acompanhadas pelo público em telões espalhados pelo espaço na Lagoa ao lado de convidados ilustres como os campeões de tênis Roger Federer e Martina Hingis.

Além dos atletas consagrados e dos medalhistas, o Baixo Suíça deverá receber outras celebridades, como a Miss Suíça 2016, Laurianne Sallin, e o cantor suíço-brasileiro Marc Sway, que fará um show com setlist recheado de músicas dos dois países. Haverá também uma série de programações culturais para os visitantes, com atrações como DJs e artistas, além da exibição de filmes suíços, como o clássico Heidi. O aspecto educacional e social, segundos os organizadores, também será prestigiado por meio de eventos organizados em colaboração com escolas públicas e associações esportivas.

A promoção do turismo também terá lugar no Baixo Suíça: “Várias regiões da Suíça se apresentarão ao público brasileiro e internacional. Saint-Moritz fará nevar no Rio com a apresentação de um globo de neve gigante, Interlaken mostrará um trenzinho típico da Suíça, e a região de Genebra mostrará o lado mais urbano, moderno e luxuoso do país”, revela Christina Gläser. Para promover o turismo entre os dois países, durante as Olimpíadas haverá uma rota direta de avião da companhia Edelweiss entre o Rio de Janeiro e Zurique: “Quem sabe, faremos o sorteio de uma viagem para a Suíça”, diz a coordenadora da Swissando.

Esporte aproxima Brasil e Suíça

“Tanto o suíço quanto o brasileiro adoram esporte, se interessam e praticam muito esporte. A expectativa para essas Olimpíadas é muito grande”. As palavras do embaixador da Suíça no Brasil, André Regli, mostram a importância de iniciativas como o Baixo Suíça para consolidar a aproximação cultural, política e comercial entre os dois países. Esta é a meta prioritária da Presença Suíça, órgão do Ministério das Relações Exteriores do governo suíço, no Brasil.

“Para a Suíça, o Brasil é o parceiro mais importante na América Latina do ponto de vista comercial. A Suíça é um dos dez maiores investidores no Brasil, nós temos uma parceria estratégica desde 2008. Instalamos diálogos regularmente nas áreas política, econômica e financeira, na cooperação jurídica e, nos últimos dois anos, também na área de ciência e tecnologia com a abertura em 2014 do escritório Swissnex, que faz o link entre os cientistas suíços e brasileiros”, diz Regli.

“Faltava aumentar a visibilidade para o grande público, por isso o governo suíço decidiu em 2013 fazer uma campanha de comunicação chamada Swissando, sob o auspício da nossa instituição de marketing, que é a Presença Suíça. Para isso, decidimos pegar os grandes eventos esportivos. A Copa do Mundo foi maravilhosa, a House of Switzerland na Lagoa foi eleita o melhor public viewing no Rio de Janeiro”, conta o embaixador. Os resultados dessa aproximação já se fazem sentir. Em 2015, o turismo brasileiro na Suíça aumentou 4%. Durante a Copa, cerca de dez mil suíços visitaram ao Brasil. Para as Olimpíadas, a expectativa do governo suíço é que algo em torno de cinco mil suíços conheçam o Rio.

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