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Indústria de proteção suíça cresce no exterior

Imagem de botas de um segurança particular
Mais da metade das missões registradas envolveram segurança de indivíduos e a guarda de bens e propriedades "localizadas em ambientes complexos", segundo o relatório. Keystone

Empresas suíças de segurança privada realizaram 450 missões no exterior em 2017 - um terço a mais do que no ano anterior, anunciou o Ministério das Relações Exteriores (FDFA) na quarta-feira.

Desde que a Lei Federal de Segurança Privada Prestada no Exterior foi introduzida em 2015, todas as empresas de segurança suíças são obrigadas a relatar suas operações no exterior às autoridades federais. No ano passado, 450 relatórios foram recebidos pelo governo – 114 a mais do que em 2016.

Mais da metade das missões relatadas envolvia segurança pessoal e a guarda de bens e propriedades “dentro de um ambiente complexo”, de acordo com o relatório anual do FDFA. Atividades desse tipo tiveram o maior aumento no ano passado – 279 dessas missões foram realizadas, em comparação com 114 em 2016.

Os outros dois setores mais importantes da indústria foram as operações de inteligência privada (109 registradas) e o chamado “apoio operacional ou logístico para forças armadas ou de segurança” (50 operações registradas).

Este último inclui a operação e manutenção de sistemas de armas, bem como consultoria e treinamento. A demanda por esses dois tipos de operações permaneceu estável em relação ao ano anterior, de acordo com o relatório.

Preocupações com direitos

Duas operações de segurança privada no Oriente Médio envolvendo apoio às forças armadas foram proibidas pelas autoridades: uma por temores de que ela poderia acarretar abusos aos direitos humanos; a outra, por causa das preocupações da FDFA em relação à “estabilidade regional”. Mais da metade de todas as missões de segurança foram realizadas na região do Oriente Médio e Norte da África.

Foram também iniciados 18 procedimentos de exame das operações planejadas – três vezes mais do que no ano anterior.

Nesses casos, havia indícios de que “as atividades planejadas poderiam entrar em conflito com a lei”, escreveu o FDFA. Em 13 casos, suspeitas potenciais não puderam ser verificadas e, em três casos, as empresas envolvidas abandonaram a atividade pretendida após a inspeção.

Nenhuma atividade ilegal de empresas suíças, como sua participação direta em conflitos no exterior ou serviços de segurança envolvendo sérios abusos aos direitos humanos, ocorreu no ano passado, segundo as autoridades. Houve também um “crescente reconhecimento” da importância do mecanismo de controle do governo.

swissinfo.ch/ets

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