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Espanha acaba com sonho suíço

Suíços deixam o campo com a cabeça em pé: percurso digno de campeão. Keystone

A cidade de Aarhus, na Dinamarca, foi o palco da final da Eurocopa Sub-21, sábado dia 25 de junho, entre Espanha e Suíça. A partida marcou o encontro entre as seleções já classificadas para as Olimpíadas de Londres.

A Espanha acabou com o doce sonho dos suíços, que chegaram invictos na final, mas acordaram na dura realidade de um 2 a 0.

Apesar da derrota, os suíços comemoraram a classificação do país para os Jogos Olímpicos de 2012, já que a equipe não participa de um JO desde 1928.

Também no sábado, a Bielorrússia superou a República Tcheca por 1 a 0, gol de Yegor Filipenko (aos 43 minutos do segundo tempo) e ficou com o terceiro lugar da competição, o que garantiu a vaga nos Jogos de 2012 para os bielorrussos.

A Inglaterra, que disputou a Euro Sub-21, já está garantida por ser sede. Alguns times tradicionais como Alemanha, Itália, Holanda e França ficaram fora desta fase final e das Olimpíadas.

Domínio espanhol

A Espanha assumiu o favoritismo e manteve a postura habitual, apostando na posse de bola, com a Suíça resistindo bem, nunca se atemorizando com o domínio espanhol. A final foi marcada nos instantes iniciais pelo calculismo de ambas as equipes, que apostaram nos mesmos “onzes” das semi-finais, sendo que a primeira ocasião de gol só apareceu aos 29 minutos do jogo.

Após um longo lançamento de linha lateral, Xherdan Shaqiri, o único suíço que procurava abanar o jogo com as suas fortes arrancadas, disparou forte, à meia-volta, obrigando David de Gea a uma defesa apertada. A Espanha respondeu aos 36 minutos, quando Thiago Alcántara chuta de fora da área, com a bola passando muito perta da trave.

Os comandados de Luis Milla chegaram ao gol aos 41 minutos, num lance em que a bola passou do pé de Thiago para Dídac Vila, na esquerda, com o lateral fazendo um cruzamento bem medido para a cabeça de Herrera, que, vindo de trás, escapou à marcação, e meteu o primeiro gol sofrido pela Suíça em toda a prova.

No segundo tempo se esperava uma resposta da Suíça, mas, tirando um remate de Innocent Emeghara, aos 52 minutos, sem grande dificuldade para De Gea, a Espanha continuou por cima, situação que obrigou o técnico suíço, Pierluigi Tami, a operar uma dupla substituição aos 54 minutos, não alterando, contudo, em nada a estrutura da equipe.

A Espanha continuou dominando claramente o jogo, ganhando cada vez mais confiança, em claro contraste com os suíços, que com o andar do relógio foram se revelando incapazes de ameaçar a trave de De Gea, sofrendo para tomar a bola dos espanhóis.

O mais perto que a Suíça esteve na segunda parte de chegar ao empate foi através de lances de bola parada. Primeiro aos 76 minutos, quando na sequência de um livre de Shaqiri, a bola sobrou para o recém-entrado Pajtim Kasami, que falhou por completo o cabeceamento e, no minuto seguinte, após outra falta batida pelo irrequieto número 10 suíço, o desvio de Timm Klose passou raspando da trave.

A final ficou resolvida da melhor maneira, com um gol fantástico de Thiago Alcántara, que, ao ver Sommer ligeiramente adiantando, mandou um chute a 35 metros do gol, fazendo um chapéu de belo efeito.

“Chuteira de Prata” para suíço

Adrián López venceu a Eurocopa Sub-21 e também conquistou o troféu “Chuteira de Ouro Adidas” que premeia o melhor artilheiro da prova.

O espanhol ficou em branco na final de Aarhus, mas os cinco gols que marcou no resto da competição foram suficientes para se sagrar o melhor artilheiro na Dinamarca.

O centroavante suíço Admir Mehmedi ficou com a Chuteira de Prata, com três gols marcados. Juan Mata ficou empatado com outros quatro jogadores, com dois gols, mas conquistou a Chuteira de Bronze porque também fez dois passes certeiros.

Ander Herrera, que marcou o primeiro gol do triunfo da Espanha na final, foi outro dos jogadores com dois remates certeiros. Os outros foram o bielorrusso Andrei Voronkov, o capitão da República Checa, Borek Dockal, e o inglês Danny Welbeck.

Suíça: Sommer, Fickentscher, Siegrist, Kloch, Daprelà, Rossini, Klose, Affolter, Pavlovic, Berardi, Kasami. 

 
Espanha: Miño, de Gea, Mariño, Azpilicueta, Domínguez, San José, Montoya, Angel, Ruiz, Vila Rosello, Botía.
 
Árbitro: Paolo Tagliavento (ITA).
 
Estádio: Aarhus.
 
Horario: Sábado, 20.45 horas

Esta é a quinta final de Sub-21 da Espanha, registando três vitórias e duas derrotas:

1998 Vitória contra a Grécia 1-0
1996 Derrota para a Itália 1-1 (4-5 pen)
1986 Vitória contra a Itália 1-2 f, 2-1 c (total 3-3, 3-0 pen)
1984 Derrota para a Inglaterra 0-1 c, 0-2 f (total 0-3)

A Espanha tem dominado a Suíça a nível sênior, vencendo 15 dos 19 jogos, registrando ainda três empates.

A única derrota para a Suíça foi na Copa do Mundo de 2010, quando um gol de Gelson Fernandes, aos 52 minutos, valeu à equipe de Ottmar Hitzfeld uma vitória por 1 a 0, no dia 16 de junho, em Durban.

Xherdan Shaqiri, da Suíça, ficou no banco, tal como os espanhóis Juan Mata e Javi Martínez.

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