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Espanha bate Itália nos pênaltis e enfrentará a Rússia

Espanhóis comemoram a classficação Keystone

A Espanha vai disputar com a Rússia a segunda semifinal da Euro 2008. Pela primeira vez em 88 anos, os espanhóis derrotaram os italianos em uma competição oficial.

O jogo e a prorrogação terminaram sem gols. A partida foi truncada e decepcionante. Apesar disso, a Espanha tentou várias vezes tomar a iniciativa do jogo e por isso mereceu a classificação.

Desde 1920, a Espanha não ganhava da Itália em competições oficiais. A “maldição” terminou nos pênaltis, mas terminou. Agora a Espanha enfrentará a Rússia, quinta-feira, em Viena, na semifinal.

A partida foi decepcionante para esta fase do torneio. O técnico italiano Roberto Donadoni armou um esquema tático para impedir que a Espanha jogasse da única maneira que sabe, tocando a bola em passes curtos e pelo miolo do ataque com Villa e Torres, já que o ataque espanhol não sabe jogar pelas pontas. Deu resultado pois os dois atacantes espanhóis pouco apareceram no jogo.

Em contrapartida, a Itália baseou seu jogo ofensivo em bolas longas para o gigante Luca Toni, por sua vez neutralizado pelos dois centrais espanhóis, Pujol e Sérgio Ramos. Assim, foram raras as verdadeiras oportunidades de gol, o início do jogo até a prorrogação.

Primeiro tempo

No primeiro tempo, a Itália jogou alto no campo, com duas linhas de defesa, a primeira já no meio-campo. Isso dificultou o jogo de passes curtos dos espanhóis, que não encontraram espaço principalmente para os dois atacantes, Torres e Villa.

No ataque, os italianos praticaram um jogo com lançamentos verticais para Cassano e sobretudo procurando Luca Toni dentro da área espanhola.

A primeira jogada de ataque foi dos italianos, num cruzamento do lateral esquerdo Grosso para a cabeça de Perrotta. Ele não pegou bem na bola e Casillas pegou fácil.

Nesse momento do jogo, Luis Aragones reposicionou o meia Silva, que começara jogando pelo lado esquerdo, pelo lado direito. Nessa posição ele criou várias jogadas interessantes e chutou duas vezes a gol. Na primeira, aos 30 minutos, Buffon pegou no canto direito. Na segunda, a bola passou raspando o poste esquerdo do goleiro italiano.

Segundo tempo

O segundo tempo foi quase uma cópia do primeiro. No início, o meio-campo dos espanhóis tentou jogar um pouco mais rápido com algumas bolas em profundidade para os atacantes, mas a barrreira defensiva italiana não cedeu.

Aos 15 minutos a Itália teve praticamente a melhor chance de marcar, com um chute de Camaronesi dentro da área, mas Casillas defendeu com o pé.

Do lado espanhol, a oportunidade surgiu aos 35 minutos. Depois de vários toques de bola no ataque, Senna chutou de fora da área, Buffou tentou pegar, a bola escapou, bateu na trave e voltou para as mãos do goleiro italiano.

Com a entrada de Fabregas no meio-campo, o time espanhol ganhou mais ritmo e ele conseguiu lançar melhor o ataque.

Prorrogação

Apesar do cansaço, os dois times ainda criaram duas oportunidades na prorrogação. A primeira foi da Espanha, com uma jogada de vários toques na entrada da área italiana até que Silva chutou, mas a bola passou raspando a trave de Buffon.

Em seguida, num contra-ataque, depois de um cruzamento da direita, Di Natale cabeçou para Casillas espalmar.

Nos pênaltis, Buffon pegou um, batido por Guiza, e Casillas defendeu dois (de Di Natali e De Rossi).

Há 88 anos que os espanhóis não venciam os italianos em jogos oficiais, há 24 que não chegam às semifinais de um torneio. Terminaram de uma só vez os dois complexos dos espanhóis.

swissinfo, Claudinê Gonçalves

Espanha:Casillas – Sergio Ramos, Marchena, Puyol, Capdevila – Marcos Senna – Iniesta, Xavi (Fabregas), Silva – Villa, Fernando Torres (Guiza)
Técnico: Luis Aragonés

Itália:Buffon – Zambrotta, Panucci, Chiellini, Grosso – Aquilani (Del Piero), de Rossi, Ambrosini – Perrotta(Cazorla) – Toni, Cassano (Di Natale)
Técnico: Roberto Donadoni

Data: 22/06/2006
Local:Viena, Áustria
Público: 50 mil (quase lotado)
Árbitro: Herbert Fandel(Alemanha)
Cartões amarelos: Iniesta (E); Ambrosini (I)

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