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Espanha vence Rússia e fará final contra a Alemanha

Espanhóis comemoram o terceiro gol, de Silva, selando o marcador. Keystone

Merecidamente, a Espanha venceu a Rússia por 3 a 0 na semifinal e disputará a final, domingo contra a Alemanha, em Viena. Foi a segunda vitória da Espanha sobre a Rússia nesta Eurocopa.

Depois de um primeiro tempo empatado sem gols, a Espanha deslanchou no segundo tempo mostrando um futebol rigoroso na defesa e criativo no meio-campo e no ataque. Cesc Fabregas foi o jogador determinante do jogo.

Pela primeira vez desde 1984, os espanhóis chegam à final do Campeonato Europeu. Até agora, o único título da Espanha foi na Eurocopa de 1964.

Como prometia a semifinal de Viena, haverá pelo menos uma equipe que jogará um futebol bonito na final de domingo. Pena que só havia uma vaga, porque no primeiro tempo os russos também jogaram bem.

Mas, no segundo tempo, a Espanha foi irrestível e os russos praticamente não tiveram oportunidade de marcar, enquanto os espanhóis marcaram três belos gols e ainda desperdiçaram algumas oportunidades, principalmente nos pés de Torres. Caberá portanto à Espanha criativa enfrentar o legendário realismo alemão.

Primeiro tempo

No primeiro tempo, o jogo foi bastante equilibrado, pelo menos até a entrada de Fabregas no lugar de Villa (contundido) aos 36 minutos.

Curiosamente, as duas defesas praticamente anularam os atacantes e os russos tiveram um ligeiro domínio no meio-campo. Com isso, praticaram um jogo mais curto e impediram o toque de bola rápido dos espanhóis para chegar a Torres e Villa, os dois atacantes.

Os espanhóis então foram forçados a jogar mais longo para chegar ao ataque, contrariamente a seu próprio estilo, facilitando o trabalho da defesa central russa. Do lado espanhol, a defesa foi muito disciplinada, neutralizando Arshavin e Pavlyuchenko.

Com a entrada de Fabregas no lugar de Villa (contundido), do meio-campo para a frente a Espanha ficou mais equilibrada, embora não tenha criado ainda nenhuma real oportunidade de gol.

Logicamente, apesar do excelente nível técnico das duas equipes, o primeiro tempo terminou empatado sem gols e sem grande trabalho para os dois goleiros.

Fabregas foi determinante

O meia espanhol realmente mudou a fisionomia da Espanha e conseqüentemente da partida. Aos 5 minutos, Senna lançou Iniesta pela esquerda que cruzou sob medida para Xavi abrir o marcador quase dentro da pequena área.

Menos de dois minutos depois, em nova jogada coletiva, Torres não conseguiu dar o efeito desejado na bola e chutou por cima, depois de um cruzamento de Sergio Ramos, pela direita.

A Espanha dominava com aparente facilidade e aos 27 minutos, num toque de bola, Fabregas deixou Guiza (que havia substituído Torres) para marcar o segundo gol da Espanha.

O time espanhol continuou a jogar de maneira disciplinada na defesa, sempre fechando os espaços do ataque russo, a ponto de o craque Arshavin não ter aparecido no jogo.

Para selar o resultado, aos 35 minutos Fabregas escapou pela esquerda do ataque e cruzou para Silva fazer 3 a 0. Coletivo, tático e técnico, o time espanhol foi ritmado pela visão de jogo do meia Cesc Fabregas.

A três mimutos do final do jogo, os russos tiveram a única real oportunidade de marcar, mas Casillhas estava lá para defender a marca do goleiro menos vazado da Euro 2008, até agora.

Os técnicos não cessam de afirmar neste torneio que cada jogo é diferente e será certamente o caso da final de domingo. A Espanha continua invicta e jogando um futebol vistoso. Se a Alemanha repetir sua melhor atuação até agora, contra Portugal, veremos certamente uma grande final.

swissinfo, Claudinê Gonçalves,

Rússia: Akinfeev – Anyukov, Ignashevich, Shirokov, Zhirkov – Semak – Zyryanov, Semshov(Saenko) (Bilyaletdinov) – Arshavin – Pavlyuchenko
Técnico: Guus Hikkink

Espanha: Casillas – Sergio Ramos, Puyol, Marchena, Capdevila – Marcos Senna – Iniesta, Xavi (Xavier Alonso), Silva – Villa (Fabregas), Fernando Torres (Güiza)
Técnico: Luis Aragonés

Data: 26/06/2006
Local: Viena, Áustria
Público: 50 mil (lotado)
Árbitro: Frank de Bleeckere (Bélgica)
Assistentes: Hermans (Bélgica), Verstraeten (Bélgica)
Gols: Xavi (5 mintos do segundo tempo), Güiza /27 do segundo tempo e Silva (35 minutos do segundo tempo)
Cartões amarelos: Zirkhov (R) Bilyaletdinov (R)

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