Ex-presidente peruano Alberto Fujimori responde a tratamento após taquicardia
O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori responde positivamente a um tratamento médico após sofrer uma taquicardia severa na prisão, mas continua em cuidados intensivos em uma clínica de Lima, disse nesta quarta-feira seu médico pessoal, Alejandro Aguinaga.
“Estamos chegando a quase estabilizá-lo por completo e depois iremos para uma segunda fase onde começam a diminuir os medicamentos e ver como é a resposta”, explicou Aguinaga ao canal N de televisão sobre o estado de saúde do ex-presidente.
Fujimori, de 79 anos, recebe “doses altas de remédios que regulam seu ritmo cardíaco, o qual estão conseguindo”, detalhou o médico, acrescentando que, não obstante, o ex-governante permanece sedado em cuidados intensivos para que possa descansar e seja aplicado o melhor tratamento.
É o segundo problema cardíaco que Fujimori sofre nos últimos três meses, de acordo com Aguinaga. Em maio, o ex-presidente sofreu de uma arritmia por problemas de insuficiência na válvula mitral, que se soma a sua hipertensão, afirmou.
“Alberto Fujimori avança em idade, cada vez se somam novas doenças que o vão deteriorando”, comentou o ex-congressista do Força Popular.
O ex-presidente deu entrada de urgência em uma clínica peruano-japonesa na terça-feira depois de sofrer uma taquicardia severa na madrugada deste dia na base policial, onde desde 2007 cumpre uma condenação de 25 anos de prisão por corrupção e crimes contra a humanidade durante a sua gestão.
A saúde de Fujimori despertou debates no Peru desde que o presidente Pedro Pablo Kuczynski disse que avalia dar um indulto humanitário com base em um relatório médico independente. Fontes indicam que o benefício pode ser outorgado até o fim do ano.
Nas últimas duas décadas, Fujimori foi operado da língua em seis ocasiões devido a uma lesão cancerígena sob controle.