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Expedição reviveu emoções do passado

A aventura durou dez dias swissinfo.ch

Uma equipe de alpinistas encerrou na terça-feira (04.9) uma expedição em que reviveu emoções dos primeiros aventureiros que se lançaram à conquista dos Alpes no século 19. A equipe, formada por 3 ingleses e 4 guias suíços, utilizou equipamento da época para um percurso destinado a testemunhar a grandeza e fragilidade do ecossistema alpino.

De 26 de agosto a 4 de setembro, a equipe realizou uma trajetória clássica que influiu montanhas míticas como Eiger, Mönch e a turística Jungfrau (4.158 m), todas no cantão de Berna. (O cume da Jungfrau que a publicidade chama de “top of Europe” – ponto mais alto da Europa – é servida por um trem a cremalheira muito freqüentado por turistas).

sol, chuva e neve

Essa expedição – que você pôde acompanhar em nosso site pela Internet – realizou-se em situação favorável apenas nos 4 primeiros dias, com sol radiante e calor forte. Chuva e neve que se seguiram não desanimaram os alpinistas, entusiasmados em escalar Jungfrau e Mönch, como disse um deles, o inglês Philip Martineau.

Para Martineau foi importante para a equipe tomar consciência de como os Alpes mudaram em 150 anos. Um dos objetivos da expedição era mostrar como o alpinismo se transformou desde a idade de ouro do esporte na virada do século dezenove para o século 20 até nossos dias.

Ele cita, como exemplo, a longa e leve picareta de alpinista, no passado um instrumento indispensável, que servia também como apoio para a marcha. Essa picareta foi inútil na escalada de faces íngremes da Jungfrau.

Primeiras expedições há 2 séculos e meio

A expedição não apenas procurou desvendar um dos mais espetaculares panoramas da Suíça. Observou também mudanças ocorridas na paisagem alpina desde que pioneiros se arriscaram na região, há 250 anos.

Os primeiros aventureiros eram principalmente cidadãos britânicos. Carregavam equipamentos pesados em busca de sensações fortes e de territórios virgens, ainda não mapeados

Turistas e estragos

A aventura estimulou as pessoas mais afortunadas, em particular cientistas, pintores e escritores a praticar o alpinismo. Mais tarde vieram os turistas, em número crescente. Essas incursões deixaram por vezes marcas indeléveis e irreversíveis.

Nos dez dias de viagem entre Aletsch e Jungfrau, os 7 alpininstas tiveram oportunidade de constatar a fragilidade do ecossistema alpino em condições de bom e mau tempo. Mesmo com a meteorologia desfavorável não ocorreu incidente algum. Ou melhor, um dos participantes, Les Swindin, escorregou no gelo em frente a um hotel do século 19 e se esborrachou no chão.

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