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Fórum pode ficar itinerante

Keystone

Depois de realizar 31 encontros nos Alpes Suíços, o Fórum Econômico Mundial volta à Suíça no ano que vem. Não se exclui que depois, de 3 em 3 anos, se realize em diferentes partes do mundo.

“O World Economic Forum – WEF – não pertence à Suíça”, tem repetido o diretor dessa fundação, Klaus Schwab, que decidiu transferir o evento – previsto entre 31 de janeiro e 4 de fevereiro – a Nova York. Reagia a problemas de segurança que se agravaram no ano passado e provocaram críticas acirradas no país.

4 milhões para segurança

Dada a importância que se dá ao evento – que reúne a elite política, econômica, financeira, bem como representantes da idade civil, inclusive escritores, prêmios Nobel e líderes religiosos – o governo suíço removeu mundos e fundos. Prometeu soma de 4 milhões de dólares para garantir os esquemas essenciais de segurança em Davos.

Essa iniciativa parece resultar de uma maior consciência do impacto que tem o Forum e dos não quantificáveis benefícios econômicos que pode trazer ao país.

Se o Forum volta aos Alpes, nada estaria garantido para o futuro. A direção do WEF mantém suspense sobre a questão, promentendo anunciar no fim da edição de 2003 os locais em que serão realizados os encontros seguintes.

Neoliberalismo

Em todo o caso, não faltam candidatos. Segundo o jornal Le Temps, de Genebra (editorial de 24/01) Salzburgo (Aus), Marrakech (Mar), Whistler Mountain (Can) e Bonn (Alem) estão interessadas em organizá-lo.

Enquanto isso, ONGs e principalmente organismos de defesa dos interesses do terceiro mundo, continuam denunciando os objetivos do WEF, que se tem revelado defensor ardente do neoliberalismo econômico.

O próprio WEF vai refletir melhor sobre o assunto e propõe em seu programa este tema: “liderança em tempos frágeis – uma visão sobre um futuro compartilhado”.

Reflexão mais profunda deve vir do Forum Social (e paralelo) de Porto Alegre.

A respeito de Porto Alegre justamente, Klaus Schwab, o patrão do WEF, afirma: “A maior diferença entre eles e nós é que eles propõem um outro mundo com base ideológica. Nós também queremos um mundo melhor. Mas somos pragmáticos…”

J.Gabriel Barbosa

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