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Galileo terá tique-taque suíço

Projeto de 3.250 bilhões, "essencial para soberania européia". www.europa.eu.int

Recente decisão da União Européia de levar adiante o próprio sistema de navegação por satélite abre perspectivas novas para indústria relojoeira suíça que vai equipar mais de 30 satélites do sistema, concorrente do GPS.

Este conteúdo foi publicado em 28. março 2002 - 11:56

Galileo - o sistema europeu de navegação por satélite - que deve operar em 2008 - é um projeto avaliado em 3.25 bilhões de euros (cerca de US$ 2.84 bi), eqüitativamente financiado pela União Européia e a ESA, Agência Espacial Européia.

Concorrência

Os satélites do sistema Galileo girarão em volta da Terra em 3 diferentes rotas, proporcionando cobertura total ao Planeta. O sistema de navegação fornece dados precisos sobre localização, permitindo evitar transtornos e desastres.

Do serviço deverão beneficiar-se desde motoristas de táxi a capitães de navio e comandantes de aviões, até engenhos militares como mísseis .

Galileo compete com o GPS norte-americano (Global Positioning System). Os Estados Unidos opuseram-se, mas não conseguiram impedir que Galileo fosse levado adiante, até porque na Europa é considerado, por seus partidários, "essencial para a soberania (inclusive militar) e desenvolvimento econômico do continente".

Os que criticam o sistema europeu estimam seus custos exagerados, um verdadeiro elefante branco. Para os Estados Unidos significa uma arma a menos em tempo de guerra: desativar o GPS...

Imagem

Na Suíça a decisão da UE é considerada positiva para uma indústria relojoeira - a Temex, de Neuchâtel, oeste do País. Temex conseguiu um contrato para fornecer dois tipos de relógios utilizados pelos 30 satélites do Galileo(mais 3 de recâmbio). São relógios providos de osciladores de rubídio.

Dois outros serão aperfeiçoados no Observatório Cantonal de Neuchâtel.

Segundo Pascal Rochat, diretor de Temex, os relógios tem importância fundamental no sistema que considera necessário como "alternativa ao sistema militar norte-americano". Realça porém que tecnicamente a realização do mecanismo é difícil: "necessita grande know-how e experiência".

A empresa pode perder muito dinheiro, mas se tiver êxito, o contrato representa desafios técnicos e financeiros importantes. Sem falar nos benefícios para a imagem de Temex que são inestimáveis.

Maior estabilidade

Rochat lembra que a empresa que, por enquanto empresa apenas 30 pessoas, começou a elaborar um relógio atômico há 18 anos: "Até o momento, afirma, estamos na frente de qualquer um na Europa".

E acrescenta: "O sistema de navegação baseia-se em medida de ondas eletromagnéticas. O relógio que elaboramos atualmente há 7 anos para sistemas de navegação tem características similares aos aperfeiçoados relógios dos mais modernos satélites GPS".

E garante: "Esse relógio terá 5 vezes mais estabilidade que os do GPS... mas apenas um terço do peso e volume".

Membro da ESA

A Suíça que é membro da Agência Espacial Européia - ESA - investiu cerca de 20 milhões de euros (30 milhões de francos) no projeto. Segundo o princípio de repartição geográfica praticado pela Agência deveria receber contratos industriais em valor equivalente.

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