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Genocídio armênio não terá reconhecimento oficial

A moção pelo reconhecimento público genocidio armênio foi apresentada pelo deputado Josef Zisyadis Keystone Archive

Com um voto apertado de 73 a 70, a Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira uma moção que previa o reconhecimento oficial do primeiro genocídio do século XX. Segundo historiadores, entre 1915 e 1920, entre 800 mil e 1,5 milhão de armênios foram eliminados pelas forças do império otomano.

A Câmara rejeitou uma resolução “confirmando a realidade histórica do genocício armênio”, como solicitava um abaixo-assinado da Associação dos oposantes ao genocício, apresentada pelo deputado comunista (PdT), Josef Zisyadis.

O governo sempre condenou “os eventos trágicos que levaram à morte um grande número de armênios”, respondeu o ministro das Relações Exteriores, Joseph Deiss, explicando que a prioridade é o diálogo com Ankara.

O reconhecimento oficial da morte de 800 mil a 1,5 milhão de armênios, entre 1915 e 1920, segundo historiadores, colocaria em questão a existência do Estado turco. Ankara considera esses números exagerados e afirma que milhares de turcos também foram mortos por armênios.

Socialistas, ecologistas e comunistas eram favoráveis ao reconhecimento oficial mas perderam por 3 votos (73 a 70).

O ministro Deiss garantiu que, ainda no final de janeiro, tratou do assunto em encontro com o chefe da diplomacia turca, Ismail Cem, em Berna, afirmando-lhe “que esse delicado capitulo da história da Turquia não devia permanecer um tabu”.

Segundo Deiss, com base em sua própria experiência da Segunda Guerra Mundial, a Suíça propôs à Turquia a nomeação de uma comissão de historiadores para esclarecer a questão. Até agora, o governo turno não respondeu.

swissinfo com agências

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