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Grandes bancos reforçam luta contra terrorismo

Crédito Suíço e UBS na Paradeplatz, em Zurique Keystone Archive

Mesmo se afirmam não estar diretamente envolvidos, UBS e Crédito Suíço querem combater as fontes de financiamento do terrorismo.

A lavagem de dinheiro é bem diferente do capital utilizado para financiar o terrorismo. O dinheiro ilícito proveniente do tráfico de drogas, armas, corrupção, passa pelos bancos para ser lavado. O financiamento do terrorismo é feito com dinheiro limpo para cometer atos ilícitos.

Dinheiro do terrorismo é pouco

A luta contra um e outro fenômenos necessita, portanto, métodos diferentes. Em outubro de 2000, 12 grandes bancos internacionais, entre eles os suíços UBS e CS, assinaram um documento chamado “princípios de Wolfsberg contra a lavagem” de dinheiro.

Agora, querem aderir ao projeto dos Estados Unidos para lutar contra o dinheiro do terrorismo, depois dos atentados do 11 de setembro. No entanto, é mais fácil falar do que fazer.

De um lado, o dinheiro circula fácilmente por cerca de 40 paraísos fiscais em todo planeta. Por outro, as somas gastas para cometer atentatos são pequenas.

Pequenos clientes e casas de câmbio

Especialistas estimam que foram investidos, no máximo, 200 mil dólares nos atentados contra os Estados Unidos. Como localizar essas somas quando mais de 1 trilhão de dólares são movimentados diáriamente no circuito financeiro?

Os bancos suíços dizem que não são mais atingidos que outros pelo dinheiro do terrorismo. “Contrariamente às atividades de lavagem, ligadas à gestão de fortunas e que envolvem grandes somas, o dinheiro movimenta geralmente pequenos volumes”, afirma Claudia Draaz, porta-voz do Crédito Suíço Grupo.

Esse dinheiro seria portanto movimentado como o de pequenos clientes ou em casas de câmbio. Outro problema é que as listas de suspeitos fornecidas pelos Estados Unidos contém erros que vem causando problemas para os bancos.

Listas detalhadas

Por isso os 12 bancos signatários dos “princípios de Wolfsberg” insistem em obter listas detalhadas de particulares e organizações suspeitas contento, além de nomes, data e lugar de nascimento, documentos de identidade etc.

Na Suíça, 62 contas suspeitas estavam bloqueadas desde 2 de outubro de 2001. Outras 8 contas foram bloqueadas em 17 de janeiro último. As 70 contas somam aproximadamente 40 milhões de dólares.

swissinfo/Ian Hamel

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