Hezbollah anuncia ataque a centro de comando militar no norte de Israel
O movimento libanês Hezbollah anunciou, nesta terça-feira (9), que atacou um centro de comando do Exército no norte de Israel, em resposta à morte de um de seus generais e do número dois do grupo islamista palestino Hamas, seu aliado.
O movimento xiita libanês declarou que atingiu com drones “o centro de comando da região norte do Exército” israelense na cidade de Safed, em resposta à morte de Saleh Al-Aruri, membro do alto escalão do Hamas, e de Wisam Tawil, do Hezbollah.
Tawil é o principal oficial militar do Hezbollah a morrer desde que este movimento abriu uma frente com Israel em apoio ao Hamas.
O Exército israelense confirmou hoje que uma “aeronave hostil” atingiu uma de suas bases no norte e disse que não foram relatados “feridos ou danos”.
O movimento xiita já havia disparado, no sábado, dezenas de foguetes contra uma base militar em Meron, no norte de Israel. O ataque foi apresentado como primeira resposta ao bombardeio no subúrbio de Beirute.
O número dois do Hezbollah, Naim Qasem, alertou hoje que a onda de ataques de Israel não poderia levar a uma “fase de retirada”, e sim a um “impulso de resistência”.
Durante a tarde, um drone de Israel teve como alvo um veículo estacionado no povoado de Kherbet Selm, onde seria realizado o funeral de Tawil, segundo a Agência Nacional de Notícias (NNA) e testemunhas.
Antes, um bombardeio israelense havia atingido um veículo no povoado de Ghanduria, sul do Líbano, informou a NNA. O ataque matou três combatentes do Hezbollah, segundo uma fonte da segurança.
À tarde, o Hezbollah anunciou que quatro de seus combatentes haviam sido mortos por Israel, sem divulgar detalhes.
Horas depois, o Exército de Israel afirmou que havia matado Ali Burji, que apresentou como “comandante da unidade aérea do Hezbollah no sul do Líbano”. O grupo xiita confirmou a morte de Burji, mas ressaltou que o “comandante da unidade de drones não foi alvo de uma tentativa de assassinato”.
Desde 8 de outubro, um dia após o início do conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, a fronteira entre Israel e o Líbano tem sido cenário de uma troca de disparos diária entre o Exército israelense e o movimento Hezbollah.
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