Exposição mostra laços da realeza europeia com a Suíça
Estadias das cabeças coroadas na Suíça, apresentadas no Museu Nacional.
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Desde o século XIX, a Suíça mantém uma estreita relação com a realeza, especialmente quando as elites passavam suas férias aqui. Uma exposição no Museu Nacional de Zurique mostra a história das visitas das famílias reais à Suíça e a reação da população.
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New exhibit explores ties of European royalty to Switzerland
Nos últimos 200 anos, muitos monarcas vieram à Suíça para descansar ou se refugiar, ou mesmo para visitas diplomáticas. A exposição Visiting Royals – from Sisi to Queen Elizabeth, em cartaz de sexta-feira até 9 de novembro, busca entender por que a democracia suíça tem uma relação tão íntima com as monarquias europeias.
Anedotas surpreendentes, fotografias, escritos e objetos pessoais de membros da realeza: a exposição dá vida a essas relações turbulentas, declarou o Museu Nacional na quarta-feira (11).
De Napoleão III a Elizabeth II
As visitas oficiais da Rainha Elizabeth II da Inglaterra ainda estão gravadas na memória das pessoas na Suíça, assim como as férias de seu filho Charles e sua família nas encostas nevadas de Klosters, no cantão dos Grisões. Mas a tradição monárquica de férias na Suíça é muito mais antiga. Em 1868, a Rainha Vitória passou um mês inteiro na Suíça.
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Em 1817, Charles Louis Napoléon Bonaparte passou o final de sua infância e adolescência no exílio na Turgóvia, no Castelo de Arenenberg, no Lago de Constança. Foi lá que o homem que se tornaria o imperador Napoleão III aprendeu o dialeto suíço do cantão. Ele também frequentou a escola militar em Thun, no cantão de Berna.
A arma usada para assassinar Sissi
A Imperatriz Elisabeth da Áustria, mais conhecida como Sissi, foi muitas vezes à Suíça em busca de paz e tranquilidade, natureza e distância da corte. Ela frequentemente viajava incógnita pelo país, mas nem sempre tinha sucesso. Sua última visita terminou de forma trágica: em 10 de setembro de 1898, ela foi assassinada em Genebra pelo anarquista italiano Luigi Lucheni.
Essa tragédia chocou toda a Suíça. Os sinos das igrejas tocaram e milhares de pessoas se alinharam nas estradas para acompanhar a procissão fúnebre pelo país. Cinco ministros suíços chegaram a acompanhar a procissão.
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A exposição no Museu Nacional apresenta a faca com a qual a imperatriz foi apunhalada. Em 1965, o cantão de Genebra a doou para a Universidade de Viena.
O rei Ludwig II da Baviera também ficou fascinado pela Suíça e por seu lendário herói Guilherme Tell. Em 1865 e 1881, ele visitou o Grütli sob um nome falso. O monarca sonhava em construir um castelo no local, um sonho que não foi realizado.
O imperador da Etiópia: menos idílico
Menos idílica foi a visita do imperador etíope Haile Selassie, que foi recebido por 100.000 pessoas em Berna em 1954. Seu objetivo era se inspirar na Suíça industrial e comprar armas do fabricante de Zurique Emil Bührle, apesar do embargo em vigor.
A exposição inclui um pelo da juba do leão que adornava o cocar de Haile Selassie, tirado por um oficial de carreira suíço que queria guardar uma lembrança pessoal.
A exposição também será apresentada em uma forma adaptada no Château de Prangins, no cantão de Vaud, de 19 de março a 10 de outubro de 2027.
(Adaptação: Fernando Hirschy)
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