Perspectivas suíças em 10 idiomas

Investir na Suíça – negócios

Os bancos suíços adotaram nos últimos tempos mecanismos de controle para impedir lavagem de dinheiro. Keystone

A Suíça tem uma das economias mais competitivas da Europa. Com um PIB de 500 bilhões de francos (2007), ela também tem uma das menores taxas de desemprego do continente: 3,4%.

Sua economia não se resume ao mercado financeiro. Graças ao seu grande parque industrial, ela é exportou 255 bilhões de francos em mercadorias e serviços para todos os quatro cantos do globo.

Muitos pensam em pessoas obscuras, com malas executivas recheadas de notas, que entram em suntuosos palácios de mármore para depositar seu dinheiro de origem não identificada em contas numeradas.

Apesar do folclore ter um pouco a ver com o passado recente, o sistema bancário suíço sofreu uma verdadeira revolução nesses últimos anos, não sem ajuda de escândalos publicados fartamente na imprensa internacional.

Os bancos suíços, por já terem administrado fortunas de ditadores, corruptos e barões da droga de todo o mundo, resolveram modificar sua política para melhorar sua imagem no exterior.

Auto-controle

Para combater as ovelhas negras do mercado financeiro internacional, o parlamento suíço aprovou em 1988 a nova “lei de combate a lavagem de dinheiro”.

Ela obriga todos os bancos suíços a contatarem as autoridades caso haja suspeita de que o dinheiro depositado num banco tenha origem ilegal.

Ao mesmo tempo, os bancos suíços adotam, há vinte anos, o “acordo de auto-controle”, que estipula as regras de “know your customer”, ou seja, a identificação dos clientes e a origem do seu dinheiro.

Apesar da Suíça adotar uma das leis mais rígidas contra o dinheiro sujo, ainda surgem casos publicados fartamente pela imprensa internacional. Afinal de contas, o país é um dos líderes na administração de fortunas estrangeiras.

A fortuna mundial administrada fora dos países onde habitam seus donos é calculada em 5,89 trilhões de dólares. Desse montante, 27% é administrado por bancos suíços.

Luxemburgo detém 18% e a Grã-Bretanha 11%. Se forem somadas ainda as somas depositadas em paraísos fiscais como Ilhas Virgens, Ilhas Cayman, a parte inglesa passa para 33%.

O segredo bancário

As reformas no sistema bancário suíço não acabaram, porém, com sua “vaca sagrada”: o segredo bancário.

Segredo bancário, nas leis suíças, é a obrigação do banco de manter sigilo sobre todos os dados pessoais dos seus clientes. Essas regras existem, afinal, para proteger sua esfera privada.

O segredo bancário não protege, porém, os clientes caso eles tenham cometido crimes na Suíça ou no exterior. Os bancos no país têm obrigação de fornecer informações às autoridades judiciárias em caso de investigação ou processo.

swissinfo, Alexander Thoele

Conhecer o sistema bancários e os bancos suíços na Internet

Associação de Bancos Suíços: portal da instituição que congrega todas as instituições financeiras localizadas no país.
http://www.swissbanking.org

Comissão Federal de Bancos: órgão do governo federal suíço de fiscalização do setor financeiro no país.
http://www.ebk.admin.ch/

Banco Central da Suíça: site da instituição responsável pela política monetária do país.
http://www.snb.ch

Ombudsman dos Bancos Suíços: site da instância neutra e gratuita de informação e mediação encarregada de atender reclamações de clientes contra bancos sediados na Suíça.
http://www.bankingombudsman.ch

Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch

Mostrar mais: Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch

Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!

Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR